Álvaro Pacheco declarou que seu primeiro projeto fora de Portugal tinha que ser no VascãoMatheus Lima / Vasco

Rio - Novo técnico do Vasco, Álvaro Pacheco deu sua primeira entrevista como comandante do clube cruz-maltino. O português revelou suas primeiras impressões sobre o Gigante da Colina e projetou sua estreia no comando da equipe contra o Flamengo, neste domingo (2), pelo Brasileirão, às 16h (de Brasília), no Maracanã.
"Encontrei um clube muito bem estruturado. E de pessoas que amam o clube. Que ajudam o clube a ser todos os dias melhor. Um elenco unido, companheiro, com muita vontade de aprender. Eles têm disponibilidade de receber novas ideias. Sabem o que é ser vascaíno. Vamos fazer coisas bonitas, que deixarão nossa torcida orgulhosa", disse Álvaro Pacheco em entrevista à VascoTV.
"É um jogo especial, logo com um grande derbi, no Maracanã. Olho com uma vontade muito grande sermos capazes de colocar em prática o que nós treinamos. Aquilo que vai ser o nosso grande desafio. Disse ao jogadores que perante qualquer adversário, e agora o nosso próximo adversário é um rival, queremos muito ser Vasco", afirmou. 
O novo comandante do Cruz-Maltino explicou o motivo de ter escolhido o Vasco para ser seu próximo clube como um "sonho, porque desde pequeno eu vivi muito o que era o Brasil". Além disso, ele reiterou que, para seu primeiro projeto fora de Portugal, tinha que ser no país e no Gigante da Colina, e aproveitou para exaltar a história, a cultura e a envolvência (da torcida) do clube.
Álvaro chegou ao Brasil no último domingo (19), e comandou seu primeiro treino na sexta (24). Com os jogos da Libertadores no meio desta semana, o treinador teve dias livres para começar a implementar seu estilo de jogo no Vasco. Ele quer fazer com que o clube tenha a "cara e o DNA dos vascaínos".
"O destaque do vascaíno é que é um povo lutador, que acredita nos seus DNAs. Desde a sua criação, o vascaíno é unido, solidário, que conseguiu construir seu próprio estádio. É uma cultura de lutar, de resiliência. Meu grande objetivo é que os vascaínos olhem para dentro do campo e sejam capazes de olhar para o campo e falarem: essa é a nossa equipe. Competir todos os jogos e tendo orgulho de ser Vasco, de ser o Gigante da Colina.", ponderou.

Veja outras respostas de Álvaro Pacheco

Uso da boina
"Eu desde que eu fiquei careca, desde que o cabelo foi-se, tive que me adaptar. Comecei a usar chapéu. É um acessório que eu usava sempre. Em determinado momento, quando eu estava no Vizela, comecei a usar de fato nos dias de jogos. Me disseram que não ficava bem usar chapéu, e me sugeriram usar uma boina. Eu aceitei o desafio e gostei muito. Acho que casou perfeitamente com a minha personalidade, com minha forma de ser. Nunca mais larguei. Só nos treinos é que uso chapéu, o resto é sempre boina (risos)."
São Januário
"Falei com um dos meus agentes: nunca mais vou esquecer. É ver o amor do torcedor vascaíno. Ver a vontade que eles tinham em passar de fase na Copa do Brasil. A chegada ao estádio é emblemática. É um estádio bonito, que tem história. É inesquecível. A forma que eles passam o amor à equipe, a exigência... neste jogo, foi muito importante. A torcida teve um papel grande na reviravolta da partida. É um jogo que nunca mais vou esquecer. A torcida fez o time voar e virar o jogo. Ser vascaíno é ter essa coragem."
Treinadores que são suas referências
"Há os treinadores estrangeiros, como Guardiola e Klopp. Há José Mourinho, como português, que foi um técnico que abriu muito as portas para os treinadores portugueses pelo mundo. Aqui tem o Abel Ferreira, que admiro muito. Gosto muito de tirar coisas boas deles, mas de construir a minha identidade nos meus times, com as minhas capacidades. A nossa ideia de jogo tem que ser muito própria. Tem que ter a nossa personalidade."