São Januário é a casa do VascoLeandro Amorim / Vasco

Rio - O Vasco fechou com uma empresa de consultoria para ajudar na venda do potencial construtivo de São Januário. A Primaz Corporate atua na área de intermediação e estruturação de transações para grandes ativos imobiliários. Segundo o "ge", o clube acredita que a parceria vai acelerar as tratativas que vão possibilitar a reforma do estádio.
A parceria acontece na mesma semana em que o presidente Pedrinho admitiu dificuldade para concluir a operação que vai possibilitar a reforma de São Januário. Em entrevista ao podcast "Amigos Futebol Clube", no YouTube, o presidente do Vasco revelou que existia uma negociação bem encaminhada, mas as conversas travaram e os valores estavam sendo renegociados.
"O primeiro passo é vender o potencial construtivo. Tem algumas empresas interessadas, mas temos que avaliar com calma. Minha expectativa é que uma parte da venda seja concluída ainda nesse ano para iniciar a obra em janeiro (de 2025). Não é fácil de vender, mas a minha intensão é essa. Não é tão fácil. Tinha uma coisa bem encaminhada, mas deu uma travada e estamos renegociando", disse.
O Diário Oficial do Rio de Janeiro publicou no dia 26 de junho o texto final do projeto de lei da venda de potencial construtivo de São Januário, aprovado pelos vereadores. Em julho, o prefeito Eduardo Paes sancionou o projeto, em cerimônia realizada no estádio do Vasco.

Sobre a reforma de São Januário

O projeto para o estádio foi desenvolvido pela WTorre, na gestão do ex-presidente Alexandre Campello, e realizado pelo arquiteto Sérgio Dias. O custo da obra está orçado em R$ 506 milhões. A expectativa é que comece até janeiro de 2025.
Com a reforma, a capacidade de São Januário passaria para 47.383 pessoas, sendo 32.743 em pé na arquibancada. Estão previstas também as construções de duas torres na fachada histórica da sede do Vasco, assim como um novo ginásio poliesportivo, assim como outras alterações.

O que é o potencial construtivo?

O potencial construtivo diz o quanto de m² pode-se construir no terreno, respeitando a zona da cidade. São Januário, por exemplo, está localizado em uma região que permite um grande potencial construtivo, mas não o utiliza em sua totalidade.
Por isso, o projeto de lei visa transferir essa "sobra" para que sejam construídos prédios com gabaritos maiores do que o permitido em terrenos especialmente na Barra da Tijuca, na Zona Oeste (RJ), e na Avenida Brasil.
O Vasco garante já ter interessados em adquirir essa transferência, para ter a liberação para construir empreendimentos nesses duas regiões.