São Januário é a casa do VascoLeandro Amorim / Vasco
Vasco avança em negociação por venda do potencial construtivo de São Januário
Valor estimado pela diretoria do clube deve ser ultrapassado
Rio - O Vasco encaminhou a venda do potencial construtivo de São Januário. O clube avançou na negociação com uma empresa para vender um valor considerado significativo, segundo o "ge". Caso o negócio seja finalizado, a arrecadação vai ultrapassar 1/3 do estimado pela diretoria vascaína.
O potencial construtivo de São Januário foi estimado em R$ 500 milhões. O clube conta com o auxílio de uma empresa que presta consultoria especializada na área de intermediação e estruturação de transações para grandes ativos imobiliários para conseguir negociar o potencial construtivo.
O projeto de reforma de São Januário está na etapa de matérias complementares. O Vasco precisa incluir mais de 30 itens no plano, como gramado e laudo do Corpo de Bombeiros. Empresas contratadas serão responsáveis por essa parte do trabalho.
O Vasco não pensa em realizar a reforma por etapas. O plano é fechar o estádio logo após o fim do Brasileirão e iniciar o processo de demolição em janeiro. A previsão de término das obras é em 2027, ano do centenário da casa vascaína. O Cruz-Maltino deve mandar os jogos no Nilton Santos a partir de 2025.
O Diário Oficial do Rio de Janeiro publicou no dia 26 de junho o texto final do projeto de lei da venda de potencial construtivo de São Januário, aprovado pelos vereadores. Em julho, o prefeito Eduardo Paes sancionou o projeto, em cerimônia realizada no estádio do Vasco.
O projeto para o estádio foi desenvolvido pela WTorre, na gestão do ex-presidente Alexandre Campello, e realizado pelo arquiteto Sérgio Dias. O custo da obra está orçado em R$ 506 milhões. A expectativa é que comece até janeiro de 2025.
Com a reforma, a capacidade de São Januário passaria para 47.383 pessoas, sendo 32.743 em pé na arquibancada. Estão previstas também as construções de duas torres na fachada histórica da sede do Vasco, assim como um novo ginásio poliesportivo, assim como outras alterações.
O potencial construtivo diz o quanto de m² pode-se construir no terreno, respeitando a zona da cidade. São Januário, por exemplo, está localizado em uma região que permite um grande potencial construtivo, mas não o utiliza em sua totalidade.
Por isso, o projeto de lei visa transferir essa "sobra" para que sejam construídos prédios com gabaritos maiores do que o permitido em terrenos especialmente na Barra da Tijuca, na Zona Oeste (RJ), e na Avenida Brasil.
O Vasco garante já ter interessados em adquirir essa transferência, para ter a liberação para construir empreendimentos nesses duas regiões.
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