Rio - Andre Luiz, mais conhecido como Andrezinho, trilhou o mesmo caminho do pai (o mestre Andre, que criou a paradinha nas escolas de samba) e se tornou um sambista famoso. Fez parte do grupo Molejo, grande sucesso na década de 90. Agora, o cantor segue carreira solo e é figurinha carimbada nos ensaios Mocidade Independente de Padre Miguel como presidente de bateria. O coração de Andrezinho tem espaço para mais uma paixão além da música - o Clube de Regatas Vasco da Gama -, time pelo qual é fanático desde pequeno, também por influência da família, repleta de vascaínos.
Na abertura da série o "meu coração cruzmaltino", o sambista fala sobre todo o envolvimento com o Vasco, comenta sua paixão pelo Gigante da Colina, lembra as tristezas e alegrias e destaca momentos importantes nos quais esteve presente, como o título da Mercosul de 2000.
O DIA: Como começou a paixão pelo Vasco?
Andrezinho: Foi com meu pai, que era vascaíno. Fui criado assim, desde que me conheço por gente sou Vasco. É uma fidelidade de hierarquia, Vasco e Mocidade Independente de Padre Miguel, desde criança, matendo a tradição da família.
O DIA: Qual foi a primeira vez que você foi ao estádio ver o Vasco jogar?
Foi com um primo meu, quando o Roberto Dinamite voltou do Barcelona, aquele jogo contra o Corinthians, no Maracanã, que vencemos por 5 a 2, ele fez os cinco gols, foi sensacional. Depois disso, na sequência, fui em vários jogos, decisões. Vi o gol do Cocada contra o Flamengo da arquibancada. Vasco e Palmeiras eu fui em São Paulo. Fui até no basquete ver um jogo contra o Franca.
O DIA: O que você já fez de inusitado pelo Vasco?
Eu tenho uma camisa que foi o Helton que me deu, do centenário, eu costumo usar bastante, quando assisto aos jogos em casa. Quando vou ao estádio não tenho tanta superstição.
O DIA: Qual foi o momento mais feliz que o Vasco lhe proporcionou? Inesquecível?
São vários. O gol do Cocada. A Libertadores contra o Barcelona em Guayaquil. Campeonato de basquete em cima do Flamengo. O jogo da Mercosul, épico, perdendo de 3 a 0, virar para 4 a 3, do nada. São inúmeras coisas. Só de ser campeão no centenário já é uma alegria tremenda.
O DIA: Qual sua maior tristeza com o Vasco?
Quando a gente perde é ruim, e a gente tem a rivalidade contra o Flamengo, que é histórica, qualquer partida é ruim, mas perder para o Flamengo é pior ainda. E eles são complicados, é muito ruim perder. Não vou vangloriar o outro lado, porque não posso. Tenho muito mais alegria do que tristeza.
O DIA: Qual jogador que você mais gostou de ver atuar com a camisa do Vasco?
Edmundo é o meu maior ídolo, o maior que vi jogar. Ele é ídolo nosso, além de ser meu amigo, é vascaíno convicto. Ver Edmundo em campo era certeza de que era um jogador honrando a camisa cruzmaltina. Juninho também voltou e está fazendo um bom papel, é líder do time, e chega falando que tem de respeitar o Vasco. Já o Romário é um ídolo nacional, do Brasil, não só do Vasco. O ídolo do Vasco mesmo é o Edmundo.