Por pedro.logato

Rio - Guiñazu é pitbull, gritam orgulhosos os torcedores. Mas o cão de guardas do Vasco, que há tanto tempo intimida os adversários, não chega a ser tão feroz assim. O capitão do time é um dos mais queridos do Gigante, mostra sensibilidade com os mais novos e, com pequenos gestos, mostra porque tornou-se ídolo na Colina antes mesmo de conquistar o primeiro título.

Um dos principais reforços em 2013, Guiñazu se machucou gravemente logo em sua estreia, ficou muito tempo fora, pouco atuou e não ajudou a evitar que o Vasco fosse rebaixado. Fora de campo, entretanto, em um vídeo que vazou na internet, El Cholo não poupava palavrões para pedir respeito ao clube.

Guiñazu se prepara para decisão pelo VascoDivulgação

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Embora tenha alegrado grande parte dos vascaínos, o jogador evitou a polêmica na época. “Foi uma coisa sem maldade”, afirmou na época. Meses depois, na final do Carioca do ano passado, Guiñazu surpreenderia de novo. Mesmo com o pé direito fraturado, ele jogou os 90 minutos das duas decisões contra o Flamengo e só iniciou o tratamento após a competição.

O título não veio, mas o respeito e a admiração dos vascaínos, sim. Jogou a Série B como se fosse sua primeira disputa e, em dezembro, renovou o contrato por mais dois anos com o Gigante. Aos 36, provavelmente encerrará sua vitoriosa carreira na Colina.

“Ele tinha a vontade de encerrar a carreira no Vasco. É um jogador que honra a camisa do clube e, com duzentos anos ou trinta, teria renovado do mesmo jeito”, disse o presidente Eurico Miranda, quando abordou o assunto. Referência do grupo, Guiñazu também pode ser chamado de paizão no Vasco. É o jogador que mais brinca, que gosta de jogar videogame na concentração e que dá conselho para os mais novos.

Nos treinos, quase sempre faz questão de levar os filhos Lucas e Matias, em momentos que troca a famosa ‘cara amarrada’ por um largo sorriso. Família é um dos pilares do volante e este ano precisou dar mais uma prova de dedicação ao Vasco.

Ele abandonou a pré-temporada para acompanhar o enterro do pai, na Argentina, mas voltou poucos dias depois diretamente para Manaus para defender o Gigante em amistoso contra o Flamengo. Se não bastasse, Guiñazu saiu de campo com o joelho machucado, mas voltou a se superar ao voltar a jogar 16 dias após a sua cirurgia.

“Guiñazu é um cara de caráter fantástico, um trabalhador, e por isso é exemplo e querido por todos”, elogiou o técnico Doriva.

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