Rio - O presidente Eurico Miranda ainda não desistiu de repatriar o zagueiro Anderson Martins, atualmente no El Jaish, do Catar. Em sua última coletiva, o dirigente deixou a contratação do jogador no ar. Um dos problemas para o negócio ser fechado é que Anderson Martins não abre mão de receber uma boa quantia devida pelo clube árabe, que por sua vez quer levar algum tipo de compensação financeira pela saída do jogador, que tem contrato até junho de 2018.
No entanto, o que pode acelerar sua vinda para São Januário está longe do campo esportivo. Esta semana, seis países vizinhos — Arábia Saudita, Egito, Bahrein, Emirados Árabes, Ilhas Maldivas e Iêmen — cortaram relações diplomáticas com o Catar. O país é acusado de apoiar a Irmandade Muçulmana, incluindo o Estado Islâmico e a Al Qaeda. Com o forte clima de intranquilidade na região, o zagueiro, que está de férias no Brasil, pode abrir mão do que tem a receber em troca de segurança e paz.
Por enquanto, as negociações estão suspensas. Além da dificuldade de Anderson Martins conseguir a liberação, seu salário está bem acima da média de São Januário, e, inicialmente, assustou a diretoria. Apesar de deixar claro o interesse pelo atleta, as boas atuações da nova dupla de zaga, Paulão e Breno, reduziram o imediatismo pela vinda do reforço.
Hoje o técnico Milton Mendes só tem para o setor a atual dupla titular e Jomar, que caiu em desgraça com a torcida, após falhas na goleada (4 a 0) para o Palmeiras.