Fórum de Itaguaí: Vara Criminal condenou acusados de acordo com denúncia do Ministério Público  - Reprodução
Fórum de Itaguaí: Vara Criminal condenou acusados de acordo com denúncia do Ministério Público Reprodução
Por Jupy Junior
ITAGUAÍ - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), obteve sentenças judiciais favoráveis no contexto da operação “Freedom”, que investigou e denunciou uma organização criminosa que atuava como milícia na região de Itaguaí. Em três decisões diferentes, a Vara Criminal de Itaguaí condenou 37 integrantes do grupo pela prática de crimes como extorsão – por meio da cobrança de uma “taxa de segurança” aos moradores das localidades dominadas -, roubo, receptação, sequestros, tortura, homicídios e ocultação de cadáveres.
A Justiça condenou 26 dos denunciados pelo Gaeco/MPRJ pela execução dos crimes, ressaltando que a organização criminosa impõe grande temor e violência, fazendo reféns os mais necessitados. “Ficou devidamente comprovada a existência de uma grande organização criminosa, estruturada nos moldes de uma ‘milícia armada’, atuante em Itaguaí. As provas confirmaram que essa organização funciona como uma filial da organização matriz que atua em diversos bairros da capital, como Campo Grande e Santa Cruz”, diz trecho da decisão.
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EXTORSÃO A COMERCIANTES
Em outro processo, o Judiciário condenou os integrantes do grupo Douglas da Silva Rodrigues, Valter dos Santos Ribeiro e Patrick Raiol Silva, presos em flagrante por policiais do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça (GAP/MPRJ) enquanto praticavam extorsão contra comerciantes da região. Os três foram pegos dirigindo um carro roubado e com sinais de identificação adulterados e com simulacros idênticos aos de armas de uso restrito, com munições, balaclavas (tipo de gorro de motociclista usado pelos bandidos para esconder o rosto), luvas e roupas alusivas à polícia. De acordo com a denúncia, estes eram instrumentos de sua rotina criminosa.
PARQUE PARAÍSO
Em mais outro processo, foram condenados oito integrantes da mesma organização criminosa. Eles ameaçaram de agressão, morte e lesão patrimonial, em setembro de 2018, comerciantes do bairro Parque Paraíso com o intuito de obterem vantagem indevida. Os criminosos, também interceptados por policiais do GAP/MPRJ, constrangiam os donos de comércio a lhes pagar dinheiro em espécie como condição de segurança pessoal e de seus negócios, para que não viessem a ser vítimas do grupo.