Nascido em Nilópolis, o ex-presidente da Câmara de Itaguaí, Rubem Ribeiro (Podemos), 38, assumiu a prefeitura da cidade na última quinta-feira após a cassação dos mandatos de Carlo Busatto Junior, o Charlinho (MDB), e do vice, Abelardinho (PP), por 16 votos a 1. Ele já havia ocupado o cargo por 18 dias, em março deste ano, até que Charlinho obteve uma liminar que lhe devolveu a cadeira de prefeito. O mandato de Rubem no cargo máximo do executivo municipal vai até 31 dezembro. Assim que tomou posse, o novo prefeito reconheceu que será uma tarefa difícil e falou com exclusividade ao DIA sobre seus primeiros desafios à frente da prefeitura.
O DIA: Quais devem ser as suas primeiras medidas como prefeito de Itaguaí?
RV: Primeiro temos que fazer uma avaliação para entender como está a prefeitura nesse momento. Há três meses, quando assumi a prefeitura pela primeira vez, havia uma quantia razoável nos cofres municipais, mais de R$ 150 milhões. Até aquele momento [março deste ano], a prefeitura estava organizada, mas a cidade, abandonada. Nos últimos meses vários pagamentos foram feitos, houve problemas. Precisamos primeiro entender qual é a situação financeira do município para dar prioridade ao pagamento do servidor e à luta contra o coronavírus.
Há problemas de divulgação nas informações sobre a covid-19. Quais devem ser as providências nesse sentido?
Precisamos entender quais são as instruções e recomendações do Ministério Público. É preciso haver total transparência no que diz respeito aos dados.
Teme uma judicialização novamente, já que uma liminar em março devolveu a cadeira de prefeito para Busatto?
É direito de qualquer pessoa acionar a Justiça. O trabalho na Câmara é imparcial. Não sei o que vai acontecer, mas a Câmara sempre cumpriu seu papel, conforme a lei. O futuro a Deus pertence. Vamos aguardar os próximos dias.
Seu mandato será durante a campanha eleitoral. Isso vai influenciar? Pretende ser pré-candidato a prefeito?
Ainda não sei. Não faz muito tempo, eu era vereador. Tenho que analisar com muita calma. Eu, como prefeito, não posso concorrer a um novo mandato de vereador, a lei não permite. Vou analisar com calma, porque se trata da minha vida. Independente de campanha eleitoral, o mais importante é que as pessoas se unam, esqueçam brigas partidárias, se não houver união de todos ficará mais difícil. Estou aberto a conversar com todos os pré-candidatos de todos os partidos políticos. Acredito que o período eleitoral não vai interferir no meu mandato.
