Para quem não sabe, Rio das Ostras conta com o Programa de Combate as IST/HIV/Aids e Hepatites Virais, que conta hoje com aproximadamente 1000 usuários. O objetivo do Programa é tratar as infecções sexualmente transmissíveis, além de HIV e hepatites virais, de forma correta e sempre visando o bem-estar dos pacientes e da população.
De acordo com a coordenadora do Programa, Bianca Monteiro, o trabalho funciona na unidade de Saúde Nilson Marins, junto ao COGA, em Cidade Beira Mar, das 8h às 21h. O programa conta com diversos profissionais como assistente social, ginecologista, psicólogo, nutricionista, dermatologista, infectologista, enfermeiro e técnico de enfermagem, além de auxiliar administrativo.
“A equipe trabalha a parte de prevenção e com vários projetos externos, como prevenção nas escolas, capacitação e sensibilização em toda Rede de Saúde. E relacionada a essa temática, ainda há um trabalho de assistência terapêutica, em que realizamos visitas para atendimento de usuários acamados ou hospitalizados”, destaca.
Ainda segundo Bianca, o número de pessoas com infecções tem crescido bastante e o Município, acompanhando o mesmo movimento nacional. A unidade tem cerca de 3 mil atendimentos ao mês, fora os atendimentos que são descentralizados.
A coordenadora informa que cerca de 1 mil usuários fazem acompanhamento só de HIV e hepatites, mais ainda tem o número de pessoas que têm acompanhamento das outras infecções sexualmente transmissíveis. Também há atendimentos de vítimas de violência sexual e de acidente com material biológico. Qualquer pessoa que identificar alguma alteração ou quiser fazer o teste pode ir ao Programa. Mas a testagem e tratamento das ISTs também é descentralizada. Todas as unidades de Saúde fazem esse trabalho.
“É um assunto muito sério. O grande problema é que a maioria não apresenta sintoma e não procura o atendimento. O ideal é que a pessoa faça os testes rápidos para HIV e hepatite e chegue o mais precocemente possível nestes serviços para um diagnóstico. Assim conseguimos melhorar a qualidade de vida, iniciar logo o tratamento e reduzir a taxa de transmissão da infecção para outras pessoas”, completa Bianca.
PREVENÇÃO – A coordenadora do Programa ressalta que a principal prevenção ainda são os preservativos. O índice de transmissão dessas doenças tem aumentado entre adolescentes, jovens e até idosos, então, é importante que essas faixas etárias estejam ligadas na prevenção.
PROFILAXIA – Para quem teve uma relação sexual sem proteção (não usou ou estourou a camisinha), o que deve fazer? Essas pessoas podem recorrer à PEP – Profilaxia Pós-Exposição de Risco, uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis, que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções.
A porta de entrada para esse atendimento e iniciar a medicação é o Pronto-Socorro. Trata-se de uma urgência médica, que deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas.