Ex-prefeito de Magé Rafael Tubarão tem contas reprovadas e está inelegível por oito anos.Reprodução.
Segundo o Procurador Geral da Câmara Municipal de Magé, Peron de Sousa Cavalcante, o ex-prefeito ainda pode recorrer, mas teria poucas chances. “Acredito que o mesmo venha a recorrer, mas será uma tarefa muito difícil, visto que tal julgamento pelo plenário da câmara só poderá ser modificado se houver erro de forma ou erro material. Ou seja, são situações que ocorrem no meio jurídico onde algo que está adverso às formalidades legais, podendo inclusive comprometer a veracidade da informação”, explicou o procurador.
A prestação de contas do município teve duas irregularidades indicadas. De acordo com o documento da Câmara, a gestão do então prefeito Rafael Santos de Souza falhou ao aplicar apenas 24,87% suas receitas oriundas de impostos e transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino, descumprindo o limite mínimo de 25% estabelecido no artigo 212 da Constituição Federal.
Ainda no setor de Educação, o município utilizou 55,33% dos recursos do Fundeb com a remuneração de profissionais do magistério, descumprindo o limite mínimo de 60% estabelecido no artigo 22 da Lei Federal nº 11.494/07.
De acordo com o TCE, a Prefeitura apontou déficit financeiro nos recursos do Fundeb bem maior que o realmente apurado na prestação de contas, que chegou a R$ 7.005.272,09, enquanto o balancete menciona R$16.596.459,94, “revelando a saída de recursos da conta do Fundeb, no montante de R$9 .591.187,85, sem a devida comprovação”.
O processo de prestação de contas da Prefeitura de Magé é o de número nº 218.727-0/20, e foi relatado pelo conselheiro substituto Marcelo Verdini Maia.
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