Prefeito Fabiano Horta fala com exclusividade com o Jornal O Dia, 48 horas após a vitória esmagadora nas eleições - Foto: Jornal O Dia
Prefeito Fabiano Horta fala com exclusividade com o Jornal O Dia, 48 horas após a vitória esmagadora nas eleiçõesFoto: Jornal O Dia
Por Fabiano Medina
Maricá - Após uma reeleição com uma vitória esmagadora na corrida eleitoral em Maricá, no último domingo dia 15 de novembro, o prefeito Fabiano Horta fala com exclusividade com nossa redação dois dias após o pleito. Confira a entrevista na íntegra feita pelo jornal O Dia.

Jornal O Dia: - Que você tinha a preferência do eleitorado maricaense todos sabiam. Mas imaginou vencer com quase 90% dos votos?

Fabiano Horta: O percentual dimensiona bem o quanto a população de Maricá abraçou essa sensação de pertencimento ao projeto de cidade que a gente vem implementando em conjunto com todos. Essa é uma sensação gratificante por mostrar que mais que indicar uma pessoa, esses votos traduzem o pacto da sociedade por uma cidade inclusiva, humanizada, que valoriza as pessoas e dá a elas dignidade. Esses quase 90% de votos que recebi me deixam grato e ciente de que a nossa caminhada entra em uma nova etapa, com novos projetos, mais desafios. Com todo esse povo abraçando essa ideia da construção conjunta, a Maricá que edificaremos será um exemplo para as gerações. Estamos fazendo o futuro agora.

Jornal O Dia: - Qual a sensação de ser o prefeito mais votado do Estado do Rio de Janeiro?

Fabiano Horta: Naturalmente boa, mas plena da ciência de que essa qualificação vem não só de mim, mas de um conjunto de ideias que jamais se concretizariam sem a participação das pessoas, tanto do governo como fora dele. Em Maricá o que mais se faz é pensar no coletivo, no legado para o futuro, na democratização do acesso às oportunidades. E as conquistas que vieram disso estão aí, fortes, sólidas, isso está dado. Ter sido o prefeito mais votado do Estado do Rio de Janeiro me honra, claro, mas honra sobretudo cada um mais dos 75 mil cidadãos que acreditaram no trabalho que estamos e continuaremos fazendo. Fazer jus a essa confiança é, para mim, a grande responsabilidade.

Jornal O Dia: - Qual o maior desafio da sua próxima gestão?

Fabiano Horta: São muitos desafios, e vamos enfrentar todos, cada um com a sua estratégia. Avançar no alcance inclusivo da nossa Educação com os CEPTs (Centros de Educação Popular) com a moeda social Mumbuca, por exemplo, são dois deles. Ficamos conhecidos e viramos um exemplo para o mundo porque tivemos coragem e eficiência na implantação, mas ainda há pessoas que precisam chegar a esse recurso. Outro desafio, esse até mais imediato, é o de consolidar o modelo de Tarifa Zero do transporte coletivo em toda a cidade. O Vermelhinho é parte da paisagem em todos os bairros e o direito a mobilidade tem de fazer parte da vida de cada um dos nossos moradores, não importa em que região vivam. Vamos também enfrentar a questão da infraestrutura de água e esgoto, a prioridade de 2020 na qual a pandemia interferiu. A cidade precisa avançar nessa área porque saneamento básico significa uma qualidade de vida melhor, com menor pressão sobre o sistema de Saúde. Isso tudo sem perder a perspectiva de que a covid-19 continua presente na nossa realidade e sendo tratada com total seriedade.

Jornal O Dia: - Daqui a alguns anos, quando não for mais prefeito, como você imagina a sua vida?

Fabiano Horta: A minha reeleição foi confirmada pela população ontem. Então ainda tenho o eco desse calor da população que me tratou com tanto carinho nos 45 dias de campanha. Vamos construir esse futuro primeiro. Só consigo pensar agora em transformar a confiança depositada em cada voto em uma realidade concreta, transformadora, renovadora.

Jornal O Dia: - Sua gestão de prefeito vem deixando marcas positivas no município, qual a marca qual o legado vc quer deixar para a vida das pessoas? Como Fabiano Horta quer ser lembrado?

Fabiano Horta: Quero ser lembrado como uma das pessoas que transformou Maricá em uma referência internacional em inclusão, humanismo, generosidade, cuidado com o próximo. Nunca pensei em nada que me isolasse dentro de um resultado onde tantas mãos se somaram. Isso não é uma obra de uma pessoa, mas uma construção conjunta, da população. Mas se tem uma coisa que gosto de ver é o pessoal com quem convivi nas ruas batendo no peito quando me via e dizendo bem alto: "Maricá é meu país".