"Como gestores públicos, temos o dever de tomar as medidas necessárias para resolver o problema de saúde pública, o que inclui fiscalizar e punir o comerciante que desrespeitou o decreto, seja com uma multa ou até a proibição de funcionamento", afirmou o secretário, acrescentando que é impossível para o poder público fiscalizar todos os estabelecimentos a cada dia, daí a importância da conscientização dos empresários.
O médico Marcelo Velho, coordenador da rede de Urgência e Emergência da Secretaria de Saúde de Maricá, destacou que não é só em Maricá que a situação da pandemia de Covid-19 voltou a se agravar.
"Não gosto de usar a expressão ‘segunda onda’, porque no Brasil ainda nem saímos da primeira. Mas é fato que houve um relaxamento no cumprimento das medidas de prevenção por parte da população, que de certa maneira é até natural, devido ao longo tempo de isolamento social. Diante disso, precisamos da colaboração de todos para conter esse novo avanço da doença", disse o especialista, que também adiantou a reabertura do pólo de atendimento a pacientes sintomáticos em Itaipuaçu, na próxima semana - atualmente, só o do Centro está em funcionamento -, e o aumento do número de profissionais no atendimento primário.
Procurador-geral do município, Fabrício Porto solicitou a colaboração dos comerciantes na observância das regras de funcionamento. "É importante que vocês, comerciantes, nos ajudem impedindo aglomerações. Não é do interesse do governo aplicar multas ou cassar alvarás, mas vocês precisam estar atentos às regras previstas no decreto, como no caso dos horários de funcionamento e de distanciamento social. Se não houver essa colaboração, a única possibilidade restante será a de agir de ofício, punindo aqueles que se recusam a seguir o ordenamento legal previsto em decreto", afirmou ele.
Alguns comerciantes reclamaram de um possível endurecimento das regras de funcionamento, argumentando que há estabelecimentos que descumprem as normas e não são punidos, o que acaba atraindo clientes e promovendo aglomerações, enquanto os demais, que seguem as regras, registram queda no faturamento e prejuízo financeiro. Leonardo Alves ressaltou que, em casos assim, é importante manter o respeito às normas e também acionar os canais de fiscalização da prefeitura.