Keylla Mara, de 23 anos, mãe da bebê Helena, de 5 dias.Foto: Marcos Fabrício

Maricá - Uma das maiores campanhas da Saúde está chegando, o Agosto Dourado – dedicada ao incentivo ao aleitamento materno –, que acontecerá de 02 a 27/08, com atividades nas 24 unidades, nos quatro distritos (Ponta Negra, Centro, Inoã e Itaipuaçu). O projeto é mundial e, em Maricá, é promovido pela Secretaria de Saúde, através da Atenção Primária à Saúde. Todas as unidades vão trabalhar temas específicos a cada semana: primeira semana — Importância e benefícios da Amamentação para mãe e filho; segunda semana — Proteção e apoio a amamentação (rede compartilhada); terceira semana — Pega e posição da mama; quarta semana — Diretos da gestante, da lactante e do recém-nascido; além do incentivo à doação de leite materno.
“A Semana Mundial do Aleitamento Materno vem enfatizar a importância desse ato tão importante para a ligação mágica entre a mãe e o bebê. E porque não entre a mulher que doa o seu leite para bebês de outras que por motivos variados, não tem essa oportunidade?”, afirma a médica obstetra Claudia Rogeria Lima, coordenadora da Atenção Especializada da SMS Maricá.
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O leite materno é um alimento de ouro. Traz proteção ao bebê por levar anticorpos criados pelo organismo materno, protege a ambos contra obesidade e sobrepeso por liberar um hormônio, a leptina, que acelera o metabolismo. “Também protege a mãe contra o câncer de mama, por renovar as células mamárias e estabilizar os hormônios. E é um alimento completo”, acrescenta Claudia.
No momento, Maricá tem 543 crianças em aleitamento materno e 701 gestantes/mulheres/familiares que recebem orientação sobre aleitamento e amamentação através da Estratégia de Saúde da Família. São atendimentos, orientações em visitas domiciliares, em salas de espera aos pacientes que vão nas unidades, na sala de vacinação, nas consultas de pré-natal e puericultura e também nos polos de triagem neonatal, que contam com os serviços de vacinação de BCG, teste da orelhinha, teste da linguinha e a avaliação da amamentação com os profissionais do Núcleo Ampliado em Saúde da Família (NASF).
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“O leite materno é a primeira “vacina” que o bebê recebe, reforça o vínculo com a criança, estimula o desenvolvimento da face, neurológico e uma melhor digestibilidade, além de reduzir a mortalidade infantil. Este ano, a campanha frisa no cuidado compartilhado e, com isso, não quer dizer apenas a mãe e o pai; quer levantar a responsabilidade para o SUS também”, explica Aline Peixoto, médica pediatra, coordenadora da área técnica da saúde da criança e do adolescente da secretaria.
Mãe da bebê Helena, de 5 dias, a operadora de loja e moradora de São José do Imbassaí, Keylla Mara, de 23 anos, teve muitas dúvidas nessa sua primeira maternidade. “Trabalhei até o oitavo mês de gravidez e vivi na pele todos os medos e preocupações em meio ao caos da pandemia. Fiz o acompanhamento da gestação na USF São José do Imbassaí I e as equipes de Saúde me orientaram sobre as mudanças do meu corpo e, agora, sobre amamentação”, comentou Keylla, enquanto aguardava na USF Inoã II para fazer o exame do pezinho na Helena, ao lado do marido Caio Vinícius, de 27.
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A Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, na sigla em inglês) definiu o tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno 2021: “Proteja a amamentação: uma responsabilidade compartilhada”. Os objetivos do #WBW2021 são formados por quatro pilares: informar as pessoas sobre a importância de proteger a amamentação; apoiar a amamentação como uma responsabilidade vital de saúde pública; se articular com indivíduos e organizações para maior impacto; e potencializar ações para proteger o aleitamento materno para melhorar a saúde coletiva.
Segundo a coordenadora da Atenção Primária à Saúde, Shirley Linhares, para que a amamentação aconteça de forma prazerosa, é essencial que a puérpera possua rede de apoio familiar, de amigos e de profissionais da Saúde. “É importante que o pai, ou parceiro, esteja presente, demonstre seu apoio, valorize e ampare, para que a mãe possa desenvolver um bom vínculo afetivo com seu bebê. A amamentação contribui para a diminuição da mortalidade infantil, reduz o risco de doenças alérgicas, bem como reduz as taxas de câncer de mama e câncer de ovário”, pontua Shirley