Evento de empreendedorismoFoto: Paulo Ávila

Maricá - A oitava edição da Feira da Colmeia aconteceu neste fim de semana (12 e 13/11), na Lona Cultural de Itaipuaçu, com uma programação voltada às mulheres empreendedoras do Instituto Colmeia. O evento é promovido pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) em parceria com o Banco Mumbuca e as secretarias de Cultura e Promoção e Projetos Especiais. No sábado (12/11), o destaque foi para a entrega de certificados da primeira turma de treinamento do projeto ‘Tha, me treina’, que teve o objetivo de capacitar mulheres para se lançarem no mercado de trabalho, na área da gastronomia. Ao todo, 19 mulheres receberam o certificado. No domingo (13/11), a feira acontece até às 20h.
“Tem mulheres aqui que arrumaram sócias, clientes e abriram lojas, porque se conectaram. Falamos muito sobre isso, nós colocamos essas pessoas dentro do ecossistema da Colmeia, mas o movimento delas é fundamental. Queremos influenciá-las a serem autônomas e independentes, então damos o direcionamento, mas o restante são elas que têm que fazer. A capacitação é mais uma ação nesse sentido, assim como a feira, que funciona como um grande encontro de fortalecimento emocional, conexão e geração de renda”, explicou a fundadora do Instituto Colmeia, Thaísa Muniz.
Para as alunas do curso de capacitação, Priscila Rodrigues e Cicera Vania, essa é uma ótima oportunidade de aprender sobre a área da gastronomia para se colocarem neste mercado. “Eu já estive na Feira da Colmeia outras vezes. Vimos uma publicação do curso nas redes sociais e fomos fazer, eu e mais quatro amigas. Nos pareceu uma oportunidade muito boa voltarmos para o mercado de trabalho. A Colmeia é um grupo de mulheres que entendem que, às vezes, a nossa dificuldade de estar fora do mercado não é porque queremos, é porque ficamos desatualizadas. Fiquei muito grata de participar e estou feliz de estar aqui, na feira, recebendo meu certificado”, afirmou Priscila Rodrigues.
Chefs maricaenses presentes na feira
A chef Paula Salles, participante da terceira edição do MasterChef Brasil e a cozinheira e empreendedora Taiana Rodrigues, moradoras de Maricá, participaram do treinamento e entregaram os certificados para as alunas do curso de capacitação. Taiana admite que as empreendedoras sentem falta de mão de obra qualificada, por isso, acredita que o projeto “Tha, me treina” é um marco para a cidade. “É muito importante, não só para as mulheres que se capacitaram, mas para nós, que estamos precisando de mão de obra qualificada de pessoas que estão querendo alcançar um objetivo profissional”, explicou.
Paula também considera que essa iniciativa é fundamental porque a cidade está se desenvolvendo cada vez mais e precisa de mais pessoas capacitadas. Além disso, a chef afirmou que a Feira da Colmeia é um espaço democrático de troca e de network. “É o momento de apresentar os produtos, conversar sobre eles e crescer. Mais do que um espaço de comércio, é um espaço de troca de conhecimento. E eu acredito que o conhecimento só acontece a partir do compartilhamento”, analisou.
Empreendedoras são protagonistas
Há sete meses, Priscila Araújo começou a fazer doces saudáveis, sem açúcar e sem glúten, para si mesma. O objetivo era não sair da dieta, pois estava em processo de emagrecimento. As receitas deram tão certo que as pessoas ao redor de Priscila também pediram para que ela fizesse os doces. A partir daí, a empreendedora decidiu se profissionalizar e produzir as guloseimas para vender. “Comecei a fazer devagarzinho, logo em seguida, descobri a Feira da Colmeia e decidi participar. Aqui, você fica mais conhecida pelo público. É uma ótima oportunidade”, garantiu a empreendedora.
A cliente de Priscila, Mary Elen Hervano, afirmou que virou fã dos doces depois de experimentá-los em outra edição da feira. “Eu vim na feira por indicação de outra expositora, mas comecei a conversar com Priscila, ela me disse que as receitas eram low carb, experimentei e me apaixonei! Agora toda semana eu compro. Amo e faço propaganda, são muito gostosos mesmo”, assegurou Mary Elen.
A empreendedora Adsana Peixoto – que faz produtos artesanais como pulseiras, filtros dos sonhos, brincos, cordões e chaveiros – era uma das expositoras desta edição da Feira da Colmeia. Para ela, a relação entre os participantes e a organização é uma troca de confiança e carinho. “Não tem como explicar, só participando você sente o amor que elas têm e que nós também passamos, não só pelo projeto da Colmeia, mas também para os clientes que vem até a nós. É muito importante fazer parte disso”, finalizou.
Tapioca do Bem
Esta edição da feira também teve o projeto “Tapioca do Bem”, para arrecadar fundos para o Instituto da Colmeia, que, como a feira, estimula mulheres a se capacitarem e serem empreendedoras. Quem optava por se deliciar com as tapiocas e bebidas do stand da organização também fazia uma boa ação, ajudando o instituto. Todos os ingredientes foram frutos de doações e o que foi arrecadado vai ser utilizado para fazer a ação social de Natal da Colmeia.