A Rússia registrou 21.042 novos casos, em grande parte pelo surto provocado pela variante DeltaFoto: Arquivo MAIS
Covid-19: Rússia tem recorde de mortes pelo terceiro dia consecutivo
O recorde de 672 óbitos anunciado nesta quinta-feira supera os balanços de 669 de quarta e 652 de terça
Moscou - O governo da Rússia anunciou, nesta quinta-feira (1º), que o país registrou 672 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, recorde pelo terceiro dia consecutivo em meio à devastadora onda de infecções provocada pela variante Delta do vírus.
A Rússia registrou 21.042 novos casos, em grande parte pelo surto provocado por esta cepa altamente contagiosa, cuja propagação fora de controle motivou o presidente Vladimir Putin a recomendar que os cidadãos tomem a vacina anticovid.
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O recorde de 672 mortes anunciado nesta quinta-feira supera os balanços de 669 de quarta e 652 de terça.
A capital Moscou, principal foco da epidemia na Rússia, e São Petersburgo registraram 108 e 115 mortes, respectivamente.
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As autoridades, no entanto, confirmaram para sexta-feira em São Petersburgo a partida das quartas de final da Eurocopa entre Espanha e Suíça, com milhares de torcedores no estádio, sobretudo estrangeiros.
Quase 300 torcedores finlandeses, que viajaram para apoiar a seleção do país em um jogo da fase de grupos, retornaram da cidade russa diagnosticados com o coronavírus.
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O prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, disse que a variante Delta do vírus, detectada pela primeira vez na Índia, representa 50% dos casos na capital russa.
O surto que começou em meados de junho é provocado pela variante, mas também pela difícil campanha de vacinação, iniciada em dezembro com a propaganda oficial da vacina Sputnik V, mas que até o momento convenceu apenas 23 milhões dos 146 milhões de russos, ou seja 15% da população, a tomar pelo menos uma dose.
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Putin afirmou na quarta-feira que é contrário à imunização obrigatória a nível nacional, mas pediu aos russos que tomem a vacina de maneira voluntária e que não acreditem em boatos sobre os fármacos.
O Kremlin, que admitiu que não conseguirá alcançar a meta de 60% de vacinados até agosto, descarta a possibilidade de confinamento nacional para preservar a frágil economia do país.
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O número de mortes registradas oficialmente é de 135.886, o que faz da Rússia o país europeu mais afetado pela pandemia.
Mas a agência de estatísticas Rosstat, que tem uma uma definição mais ampla das mortes relacionadas com a covid-19, havia contabilizado 270.000 mortes até o fim de abril.
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Moscou adotou uma série de medidas nas últimas semanas que incluem o retorno do teletrabalho para parte dos moradores, vacinação obrigatória no setor de serviços e criou um certificado sanitário para autorizar a entrada em restaurantes.
Além disso, o governo recomenda que as pessoas vacinadas há mais de seis meses tomem uma dose de reforço, disponível a partir desta quinta-feira.
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Outras regiões também retomaram algumas restrições. As autoridades de Kaliningrado, situado entre a Lituânia e a Polônia, proibiram as visitas guiadas de ônibus para turistas não vacinados ou sem teste negativo para covid.
Outro destino turístico, a região de Krasnodar, onde ficam as principais estações balneárias do Mar Negro, como Sochi, anunciou um sistema de passaportes sanitários.
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