Martine Grael (à esq.) e Kahena Kunze garantiram vaga na Dinamarca - Jesus Renedo/Sailing Energy/ Divulgação
Martine Grael (à esq.) e Kahena Kunze garantiram vaga na DinamarcaJesus Renedo/Sailing Energy/ Divulgação
Por Venê Casagrande

A pandemia da covid-19 mexeu no calendário das competições esportivas pelo mundo. A maior delas, as Olimpíadas Tóquio 2020, foi adiada para o ano seguinte, o que afetou o planejamento de treinos da velejadora de Niterói Martine Grael, de 29 anos. Com a vaga garantida, ela conta que a preparação para trazer o bicampeonato olímpico para o Brasil continua, mas com foco nos exercícios teóricos durante o período de quarentena. Ela e a parceira Kahena Kunze vão defender, no Japão, o ouro conquistado nos Jogos Rio 2016.

"Na vela, você pode ser o melhor do mundo, mas ainda vai ter muita coisa para aprender. Claro que é difícil se preparar sem poder estar no mar, mas a prioridade agora é a nossa saúde. Estamos trabalhando para evoluir a parte teórica, com estudos sobre manobras e condições meteorológicas, por exemplo", diz Martine. 

E como evoluir neste momento? A atleta olímpica explica que o período de isolamento social tem sido positivo também para a análise de vídeos que, na rotina de treinos no barco, acabava ficando em segundo plano. Com mais tempo livre em casa, Martine conta que tem buscando o perfeccionismo nas análises e reproduções dos movimentos que precisa executar na água. 

"Às vezes, no dia a dia no mar, acabamos ficando sem tempo para analisar essas imagens. A cada vez que assistimos um mesmo vídeo, mais informações diferentes conseguimos apreender para a nossa evolução", explica a atleta. 

Competição ainda está em risco
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As Olimpíadas estão previstas para serem realizadas entre os dias 23 de julho e 8 de agosto de 2021. Porém, na semana passada, o Comitê Organizador de Tóquio 2020 informou que, se a pandemia do novo coronavírus não estiver controlada até o ano que vem, há risco de a competição ser cancelada. O pronunciamento foi feito por Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador de Tóquio, após a Associação Médica do Japão afirmar que seria difícil promover a competição se a vacina contra a covid-19 não for desenvolvida até a data de realização do evento.
"As Olimpíadas serão muito mais valiosas do que qualquer outra edição do passado se conseguirmos prosseguir com ela depois de vencer essa batalha. Temos de acreditar nisso. Caso contrário, nosso trabalho duro e esforço não serão recompensados" disse Yoshiro Mori, em entrevista ao jornal japonês Nikkan Sports, na última terça-feira.
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De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, até sexta-feira, data do fechamento desta edição, havia 14.088 casos confirmados e 430 mortes por covid-19 no Japão. 
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