Serafini contestou dados da atual gestão na área da segurança - Rafael Wallace / Alerj
Serafini contestou dados da atual gestão na área da segurançaRafael Wallace / Alerj
Por Irma Lasmar
Niterói - Em entrevista nesta segunda-feira (06) ao colunista político Sidney Rezende e ao repórter Leonardo Maia, o pré-candidato à Prefeitura de Niterói Flavio Serafini (PSOL) falou de sua visão e seus planos para a educação saúde, segurança e mobilidade da cidade, além de comentar sobre o cenário político nacional. Ele prometeu, caso eleito prefeito no pleito de dezembro deste ano, a redução dos cargos comissionados, a realização de concurso público principalmente na saúde, a implantação de período integral na maioria das escolas municipais e a expansão das ciclovias.
O pré-candidato sugeriu o uso de parte dos royalties de petróleo em cuidados com o meio ambiente e a geração de "empregos verdes" ou ecologicamente sustentáveis, além de maior investimento em serviços públicos de qualidade. "Definiremos as prioridades do governo através de um orçamento participativo. Não é possível que com o PIB de Niterói haja crianças sem vaga nas escolas municipais", disse ele, adiantando que pretende recalcular os valores de IPTU revendo plantas e construções para chegar a uma cobrança mais justa.
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Em relação ao ensino público, Serafini adiantou: "Traremos mais escolas técnicas seguindo uma política de educação de jovens e adultos focada na capacitação profissional, o que atrairá mais investimentos externos. Quanto mais profissionais capacitados, maior a geração de emprego e renda", mencionando ainda que a Cidade Sorriso é um dos raros municípios brasileiros onde há mais crianças na rede privada do que na rede pública. Sobre o trânsito e os transportes municipais, o prefeitável declarou: "Diminuir o valor da passagem é importante, mas inserir o veículo leve sobre trilhos (VLT) pode atrair de fato uma maior adesão ao uso do transporte público", ressaltando que Niterói tem uma das médias mais altas do país em relação a veículo por habitante. 
Mas o deputado estadual e professor de Sociologia surpreendeu ao mencionar dados sobre segurança pública que contradizem os números divulgados pela atual Prefeitura: "Por não ser prerrogativa do município gerenciar este serviço, os programas atuais custam aos cofres públicos mais de oitenta milhões de reais e não contêm o volume de mortes violentas, que em 2019 foram 210", dispara o entrevistado, reforçando que é preciso um olhar de cuidado e respeito pela população mais pobre, que definiu como "invisível à sociedade". Ele propôs um treinamento alternativo à Guarda Municipal, focado na prevenção de ocorrências e não na repressão a moradores de rua e ambulantes - estes últimos, a serem regularizados de modo mais ágil e eficaz em sua gestão se eleito.
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Confira a íntegra desta e das demais entrevistas nos canais youtube.com/TVODia e facebook.com/odiajornal. As próximas lives serão com o delegado José Paulo Pires (PMN) na quarta-feira, Alexandre Ceotto (Republicanos) na quinta e Axel Grael (PDT) na sexta, encerrando a série.