Por O Dia
NITERÓI - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Núcleo Niterói, instaurou dois procedimentos preparatórios de inquérito civil para apurar a possível redução da frota de ônibus em linhas operadas por dois consórcios que atuam na cidade. De acordo com os documentos, será investigado se os consórcios Transoceânico e Transnit diminuíram o número de veículos disponíveis ao público, o horário de circulação ou se, até mesmo, retiraram completamente das ruas determinadas linhas de ônibus durante a pandemia do novo coronavírus.
Ambos os documentos foram encaminhados aos consórcios e à Secretaria Municipal de Transportes, para esclarecer se houve autorização para a retirada das linhas das ruas. No caso do consórcio Transoceânico, a apuração se dará em torno das linhas 39A, Oceânica 1 e 54 Sapê/Piratininga. Já em relação ao Transnit, as linhas 28 e 29 estarão sob investigação. A Secretaria também deverá remeter os atos administrativos, portarias, decretos ou qualquer outro ato que tenha autorizado, desde o início da pandemia, em março deste ano até o presente momento, com as respectivas alterações sofridas neste período.
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Ainda dentro dos procedimentos preparatórios, a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Núcleo Niterói oficiou a Prefeitura para saber se houve repasse de recursos às empresas de ônibus ou antecipação das gratuidades, esclarecendo ainda quais gratuidades foram antecipadas e o volume total de recursos repassados. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj), Marcio Barbosa, declarou que "as empresas de ônibus, apesar da crise financeira provocada pela pandemia de covid-19, estão acompanhando o aumento da demanda e dispondo os carros nas linhas de acordo com a mesma".