A Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) iniciou esta ação em 2020, pelas comunidades Zulu, em Santa Rosa, e Buraco do Boi, no Barreto. A previsão é que Várzea das Moças receba os contêineres já na próxima semana e, em seguida, o trabalho será iniciado em Ititioca. De acordo com o presidente da Clin, Luiz Carlos Fróes Garcia, foram realizados estudos que identificaram a necessidade de uma mudança na gestão dos resíduos das comunidades. Ele explica que o número de contenedores está baseado no quantitativo de moradores da área sendo, no mínimo, dois recipientes em cada local: um para resíduos orgânicos úmidos e outro para recicláveis secos.
“Por estarem semienterrados, terem tampas e por conta de sua capacidade, os contenedores não permitem que os resíduos fiquem expostos, evitando danos ao meio ambiente e à saúde da população. Com a instalação dos contêineres semienterrados, estamos levando mais qualidade de vida aos moradores, já que os recipientes apresentam capacidade de armazenamento de um grande volume de resíduos, ocupando uma área menor, e evitando a proliferação de insetos, ratos e outros vetores que podem causar doenças”, diz Luiz Fróes.
A Companhia também tem a preocupação em garantir a educação ambiental nestas localidades, por isso, disponibiliza agentes de educação ambiental para percorrerem as comunidades realizando a distribuição de panfletos informativos e explicando aos moradores como fazer o descarte de forma consciente.
“Nós realizamos um trabalho educativo nas comunidades, mostrando como separar o resíduo e depois descartá-lo de forma consciente. O novo modelo de descarte de resíduos mudou a realidade destas comunidades e o trabalho de conscientização vai continuar, já que a adesão dos moradores é fundamental para a continuidade deste projeto”, afirma Carlos Rocha, diretor responsável pela área ambiental da Clin.
O projeto da Companhia de Limpeza de Niterói facilita o acesso da população local à coleta seletiva, já que um dos recipientes é destinado ao acondicionamento deste tipo de material. Até o momento, cerca de 27 toneladas de resíduos recicláveis foram recolhidas das comunidades participantes.
Morador da comunidade Zulu há mais de 40 anos, o carpinteiro Raimundo Correa conta que já é possível perceber mudanças significativas no dia-a-dia dos moradores com o novo sistema de coleta.
“Foi um grande benefício para a nossa comunidade, antes ficava muita coisa espalhada pelas ruas, atraindo insetos e ratos. Agora, temos uma estrutura mais organizada e com incentivo para que os moradores também contribuam preservando mais a limpeza da área, fazendo o descarte de forma correta”, disse.