100 mil precisam de hospitalização anualmenteImagem Arquivo

Por O Dia
Niterói - Em 6 de junho celebra-se o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras. A data tem o objetivo de divulgar medidas preventivas necessárias à redução de acidentes. “Queimadura é toda lesão do tecido orgânico em decorrência de um trauma de origem térmica (quente ou frio)”, explica o cirurgião Helio Machado Vieira Jr., do Centro de Trauma do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN).
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Segundo dados do Ministério da Saúde, as queimaduras acometem 1 milhão de pessoas por ano, e 100 mil pacientes necessitam de atendimento hospitalar. Os danos podem ser temporários ou permanentes, dependendo da classificação: queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro graus.
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“As queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal atingida. O tratamento depende da extensão acometida e das condições clínicas do paciente. Com frequência, as queimaduras de segundo grau profundas e as de terceiro grau necessitam de tratamento cirúrgico”, esclarece o cirurgião.
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Classificação das queimaduras
As de primeiro grau atingem somente a epiderme, camada mais superficial da pele. A lesão é seca, não produz bolhas e de modo geral melhora no intervalo de três a seis dias, podendo descamar. Não deixa sequelas, porém, pode ser bastante dolorosa. Produz vermelhidão na pele parecida com a da queimadura solar.
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Nas queimaduras de segundo grau, as lesões atingem a derme, camada dividida em superficial e profunda da pele. Os sintomas são os mesmos, incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida. No entanto, a cura é mais demorada: pode levar até três semanas. Não costuma deixar cicatriz, mas o local da lesão pode ficar mais claro.
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Já as de terceiro grau, apesar da semelhança com as profundas de segundo grau, acometem toda a derme e atingem tecidos subcutâneos, músculos, nervos e ossos, com lesão de espessura total. Essas queimaduras podem provocar menos dor, entretanto, deixam cicatrizes profundas.
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De acordo com o cirurgião, uma das principais causas de queimaduras em domicílio se dá por escaldadura (queimar-se com líquido fervente), principalmente em crianças. “Dentro de casa, a cozinha é o local de maior ocorrência de queimaduras. Quanto mais longe do fogão a criança estiver durante o preparo das refeições melhor. Hoje, muitas delas são fãs de programas culinários. Devemos sempre supervisioná-las e orientá-las sobre produtos inflamáveis e voláteis. A chapinha e o ferro de passar também são importantes agentes causadores de queimaduras”, explica.
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Prevenção
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- Ao acender um fósforo, mantenha o palito longe do rosto. Assim, se escapar alguma chama, não vai atingir o cabelo ou a sobrancelha.
- Ao acender uma vela, observe se está longe de produtos inflamáveis, como botijões de gás, solventes ou tecidos.
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- Manter as crianças longe da cozinha durante o preparo dos alimentos e sempre direcionar o cabo das panelas para a área do fogão.
- Não manipular álcool, querosene, gasolina ou outros líquidos inflamáveis perto do fogo. Esses produtos devem ser guardados longe do alcance das crianças.
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Primeiros socorros
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Colocar a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por aproximadamente 10 minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas. Se houver poeira ou insetos no local, mantenha a queimadura coberta com pano limpo e úmido. No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo, por substâncias químicas ou eletricidade, a vítima necessita de cuidados médicos urgentes.
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Recomendações importantes: não toque na queimadura com as mãos; não fure bolhas; não tente descolar tecidos grudados na pele queimada; não retire corpos estranhos ou graxa do local queimado; não coloque manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a queimadura – somente o médico sabe o que deve ser aplicado no local afetado.