Policiais eram pagos para que não fiscalizassem as atividades das cooperativas de transporte do grupoImagem Divulgação

Por O Dia
Niterói - O Ministério Público do Rio (MP-RJ) descobriu que o chefe de uma milícia que atua no município de Mesquita, na Baixada Fluminense, continuava comandando o grupo e ainda recebia propinas mesmo estando preso na Unidade Prisional da Polícia Milita, em Niterói.
Na última terça-feira (1º), os agentes do MP realizaram uma operação que prendeu 12 suspeitos de integrar o grupo. Preso desde 2018, Márcio Lima da Cunha, conhecido como "Zebu", comandava as atividades da quadrilha de dentro do presídio. As investigações apontaram ainda que sua esposa, uma das presas na operação, era a responsável por levar a propina a ele.
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“Ele inclusive recebia regularmente o valor proveniente da cobrança de taxas. Eles cobravam dos motoristas dessas cooperativas para que eles pudessem circular livremente nessas localidades”, disse a promotora Mariana Segadas, responsável pelas investigação.
O MP-RJ afirmou que descarta o pedido de transferência de Márcio para outra prisão. As investigações também apontaram que a milícia atuava na cobrança de taxas dos motoristas das cooperativas de transporte que circulam em bairros como Jacutinga, Santo Elias, Vila Emil.
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“Semanalmente eram pagas quantias a policiais militares para que os integrantes dessas cooperativas pudessem circular livremente”, comentou a promotora.
Ainda na ação da terça-feira, seis policiais suspeitos de envolvimento com o grupo estão entre os presos. As investigações apontaram que a milícia pagava propina a policiais para que não fiscalizassem as atividades das cooperativas de transporte do grupo. Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, foi determinada ainda pelo Juízo da Auditoria Militar a suspensão do exercício da função pelos PMs denunciados.