Uma grande comoção marcou as homenagens no Teatro Popular Oscar Niemeyer para a artista Erika Ferreira, que faleceu prematuramente de Covid-19.Foto: Ingrid Telino
No ano passado, não foi possível a realização da homenagem. Agora, a família realiza a cerimônia, que, além da despedida, marca o aniversário de 41 anos da artista. Durante o ato, a família lançou na Baía de Guanabara as cinzas de Erika, eternizada nos palcos e na memória cultural da cidade.
Diretora da Companhia Teatral Aglomerados, Erika era natural de São Gonçalo. Começou sua carreira de atriz em 1991 e teve também intensa atuação no movimento negro. Formada pela Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna, participou como atriz de vários espetáculos, como o “Omi – do leito ao mar”, da Companhia Ávida, pelo qual ganhou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no 13° Festival Nacional de Teatro.
A artista atuou, ainda, em "É samba na veia, é Candeia", com direção de André Paes Leme, “O garoto que não sabia rir”, de Márcio Vieira, “Desamparo”, de José Geraldo Demezio, “Negro Olhar”, onde trabalhou com Milton Gonçalves, Ruth de Souza, Léa Garcia, entre outros muitos projetos.
Como diretora e produtora, realizou dezenas de trabalhos, com destaque para “Dom Quixote de La Mancha”, “A casa de Bernarda Alba”, “O marido da Mãe D’água”, “Aguastão”, “A cor que carrega o vento” e “Os Invisíveis”. Integrou a banca do "Niterói em Cena" e foi jurada no 1º Festival de Esquetes de São Gonçalo. Dirigiu a leitura dramatizada Transegun de Cuti, em maio de 2016, no Teatro Municipal de Niterói.
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