A população vai poder escolher o nome e a modelo do avatar, que vai interagir em Libras (Língua Brasileira dos Sinais), com mulheres violentadas. Divulgação

A Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim) em parceria com a Secretaria de Acessibilidade, lançou, nesta quarta-feira (01), a Consulta Pública para a escolha do nome e do avatar que vai interagir, em Libras (Língua Brasileira dos Sinais), com as mulheres no atendimento em caso de violência.

A consulta pública pode ser acessada pelo link https://consultas.colab.re/codimacessivel e pelo aplicativo Colab, disponível para download gratuito na Play Store (Android) e App Store (iOS). A coordenadora de Políticas e Direitos das Mulheres, Fernanda Sixel, destaca que a Codim vem trabalhando em diversas ações e a pesquisa vai ajudar a conhecer melhor a opinião da população.

"Nesses 15 anos da lei Maria da Penha, estamos dando mais um passo para tornar a nossa Coordenadoria mais acessível. Sabemos que o enfrentamento à violência é nossa principal missão e precisamos, enquanto poder público, garantir a inclusão de todas as mulheres na nossa rede de atendimento e proteção. Tornar a Codim cada vez mais acessível é nosso objetivo. A Consulta Pública vai contribuir, não só para a escolha do nosso avatar e de seu nome, mas para conhecermos mais a cidadã que está participando, seu nível de conhecimento sobre nossos serviços, equipamentos e projetos, além de possibilitarmos a participação com sua opinião e sugestão. Essa escuta é muito importante para construção de políticas públicas mais assertivas", ressalta a coordenadora.

A consulta pública tem perguntas como: que nome você gostaria que o avatar tivesse, qual avatar melhor representa a luta pelos direitos das mulheres da nossa cidade (imagens serão mostradas), idade, gênero, bairro, se possui alguma deficiência, se conhece a Central de Interpretação de Libras (CIL), como você acha que é possível tornar a nossa cidade mais acessível e inclusiva para todas as mulheres e algumas questões específicas sobre os serviços e equipamentos da Codim.

"Essa parceria entre a Codim e a Acessibilidade é de extrema importância. Mulheres quando são agredidas já possuem dificuldades em conseguir o amparo legal, imagine as mulheres com deficiência a dificuldade que têm em fazer uma ocorrência ou um atendimento emergencial no pronto-socorro. Junto com a Central de Interpretação de Libras, fazemos atendimento às mulheres vítimas de agressão, mas também aquelas que procuram pelos seus direitos básicos, como um atendimento médico. Nosso foco são mulheres com deficiências de uma forma mais geral, seja auditiva, visual, cognitiva ou física", analisa a secretária de Acessibilidade, Jennifer Lynn.

Ela explica que muitas pessoas com deficiência auditiva sabem a língua dos sinais, mas podem ter dificuldade em ler o alfabeto oficial da língua portuguesa porque não é a língua primária deles.

Acessibilidade - A Codim e a Secretaria de Acessibilidade estão implantando uma série de ações de inclusão para auxiliar o atendimento de mulheres com necessidades especiais. O objetivo é melhorar o acesso e a comunicação com esse público. A Codim está implantando tablets assistivos nos seus equipamentos de atendimento como a Sala Lilás e o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam). Além disso, o Ceam está passando por uma ampla reforma, revitalizando todos os espaços e tornando acessíveis com a implantação de rampas, piso tátil e a construção de um banheiro adaptado para mulheres portadoras de deficiência locomotora.

Em junho, a equipe da Codim na Sala Lilás recebeu uma capacitação em Libras. O Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), também recebeu a capacitação, no final de maio, e participou de treinamento com a equipe da Secretaria de Acessibilidade.

A Codim também tem legendado os vídeos e utilizado tags que auxiliam os deficientes visuais a entenderem a imagem publicada, além do uso de recursos das plataformas das redes sociais que possibilitam acessibilidade.