Além da exposição no MAC para comemorar os 80 anos do Museu Antonio Parreiras (MAP) o público poderá participar de uma campanha para sua reabertura.Divulgação
Reconhecido como um dos principais paisagistas brasileiros, Antonio Diogo da Silva Parreiras nasceu em Niterói, em 1860. Em 1884, quando aluno do artista alemão Georg Grimm, abandonou a Academia Nacional de Belas Artes, acompanhando o mestre e outros colegas para formar o Grupo Grimm, no bairro de Boa Viagem. Realizou diversas viagens de aperfeiçoamento à Europa, pintou paisagens, nus, retratos e quadros de temas históricos, sendo escolhido como o maior pintor brasileiro em votação realizada pela revista Fon-Fon, em 1925. No ano seguinte, amplamente consagrado como artista, publicou o livro autobiográfico História de um pintor contada por ele mesmo.
Sobre a obra de Parreiras, Vanda Klabin destacou a forte relação do artista com a paisagem: "Sua sensibilidade pictórica e o constante fascínio que a natureza observada de perto exerceram no seu vocabulário visual traduzem a sua contribuição inovadora para o universo da arte brasileira". A interpretação singular da natureza pelo pintor poderá ser conferida, no salão principal do MAC, em telas como "A tarde", vendida em 1887 para financiar a primeira viagem de estudo do artista à Europa, e "O fogo", integrante da última exposição de Antonio Parreiras, em 1936, e que denuncia as queimadas nas florestas brasileiras. A exposição, que é patrocinada pela associação Lazuli Belas Artes e pelas incorporadoras União Realizações e Mônaco, conta também com duas obras do artista alemão George Grimm, mestre de Parreiras, e um retrato do homenageado, por Numa-Camille Ayrinhac.
Protocolos Sanitários - De acordo com o Decreto Municipal 14.142/ 2021, é necessário apresentar o comprovante de vacinação em dia, no formato impresso ou digital, acompanhado de um documento com foto. Todos os protocolos sanitários de combate à COVID-19 são seguidos.
Público poderá colaborar com a reabertura e ampliação do MAP, por meio de campanha coletiva
As obras de recuperação e de modernização dos prédios e do jardim histórico do Museu Antônio Parreiras, conjunto arquitetônico e paisagístico tombado, estão previstas para começar ainda em 2022 e devem ser concluídas em 2023. Segundo a Coordenação de Museus da FUNARJ, a obra será dividida em duas fases: a primeira focada na residência e no novo anexo; a segunda será destinada ao atelier, à Vila Olga e ao jardim histórico com um projeto de acessibilidade integrado. Posteriormente, serão promovidas exposições de longa e de curta duração nos espaços recuperados.
A diretora de operações da União Realizações e responsável pelo Lazuli Belas Artes, Paula Barbosa, comentou o que motivou esse movimento de resgate cultural. "Algumas vezes a iniciativa privada precisa ser a faísca para grandes movimentos envolvendo o poder público e a sociedade. Acabamos de lançar um grande empreendimento no último terreno disponível na Boa Viagem e nos envolvemos com a rotina da região. O museu Antônio Parreiras faz parte de um corredor cultural e está fechado há nove anos. Tomamos conhecimento dos planos de reabertura do espaço e fizemos questão de ajudar a viabilizar e aumentar este movimento. Já temos mais de R$90 mil em doações e esperamos bater e superar as metas", explicou Paula.
Para José Roberto Gifford, presidente da Funarj, o aniversário de 80 anos do Museu representa o início de uma nova fase. "O projeto de recuperação e modernização está previsto para ser iniciado em 2022 e queremos que a população faça parte, colaborando desde agora, doando e se envolvendo com as etapas deste processo. Queremos ao final das obras promover o reencontro do público e o Museu, usufruindo dos seus espaços e da arte de Antonio Parreiras".
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