Criada em fevereiro de 2021, a Seclima é a primeira secretaria municipal do Clima do País.Divulgação

A Secretaria Municipal do Clima de Niterói (Seclima) completou no último sábado (12) um ano de publicação do seu decreto de criação, com um pacote de iniciativas em andamento. Entre os destaques destes primeiros meses de atuação, estão a estruturação do Getulinho Amigo do Clima, o projeto piloto da Escola no Clima e uma parceria inédita entre Niterói e Rio para defender uma agenda única de combate à emergência climática. Para o primeiro semestre de 2022, o projeto de neutralização das emissões de carbono no Caramujo, Zona Norte da cidade, a participação na Rio+30, que acontecerá em junho, e o Desafio Solar Brasil são as principais apostas da secretaria.
Criada em fevereiro de 2021, a Seclima é a primeira secretaria municipal do Clima do País. Ao longo do ano, Niterói reafirmou seu compromisso em zerar emissões líquidas de carbono até 2050 e recebeu a validação do seu inventário de gases de efeito estufa. De 2016 a 2018, a cidade teve queda de 18% na quantidade de emissões. Um dos maiores desafios de Niterói na questão do clima e da sustentabilidade, a qualidade do ar, continuou a ser encarado. Em setembro, o município iniciou um teste com ônibus elétrico nas linhas municipais.
O secretário municipal do Clima, Luciano Paez, explicou que neste primeiro ano foi criada uma estrutura básica para integrar os órgãos da administração municipal e estimular a sociedade organizada a participar desta nova forma de promoção da sustentabilidade.
“Todas as ações que desenvolvemos nos últimos meses estão dentro de um projeto de cidade, e não de governo. Queremos que as próximas gerações continuem construindo essa política de forma assertiva na cidade. Todos nós seremos afetados pelas questões climáticas. Mas fundamentalmente, as populações vulneráveis sentirão mais esses impactos. Por conta disso, focamos em uma agenda em que as comunidades sejam foco das políticas públicas criadas por nós”, disse.
Niterói também foi a primeira cidade do Brasil a criar o Fórum Municipal de Mudança Climática, para fortalecer a participação da população nas decisões sobre as políticas públicas. O município também foi um dos pioneiros a aderir à Declaração de Edimburgo, documento de posicionamento dos governos locais de todo o mundo em contribuição à negociação do Novo Marco Global para a Biodiversidade Pós-2020.