A Companhia de Dança Corpo em Movimento vai estar no festival.Divulgação
Integrante há 13 anos da Companhia de Dança Corpo em Movimento, Bianka Oliveira destacou como o festival é importante em conscientizar a população a respeito do tema da acessibilidade através da cultura.
“Pra mim é um prazer participar desse evento maravilhoso. Por isso, é com muita honra que aplaudo esse projeto e torço para que seja cada vez mais valorizado,para ajudar a cultura a romper as barreiras do impossível. E que outras companhias continuem tendo essa abertura, em mostrar todo o seu talento”, comentou Bianka.
Fundadora do grupo Corpo Tãtil, a mestre em Diversidade e Inclusão pela UFF Marlíria Flávia Coelho da Cunha é outra profissional que elogia a iniciativa e explica que o Festival Teatro Nosso é ideal para promover um processo de conscientização da sociedade sobre os limites e potencialidades das pessoas com deficiência visual.
“Nossa sociedade ainda tem percepções erradas sobre pessoas cegas. Então o festival é a ocasião certa para quebrar paradigmas e tabus sobre a deficiência visual. Além disso, o Festival Teatro Nosso ajuda a promover a inclusão social por meio da arte”, salientou Marlíria.
Cronograma das atividades
Renê Lazari e Marlíria Flávia abrem o evento na quinta-feira (1º) com a atividade “O teatro como ferramenta no atendimento de pessoas com deficiência visual” às 10h30. No mesmo dia, às 14 horas, Maria Luíza Pereira Leite ministra a oficina “Pintura em Tela e Aquarela Arte & Vida”, que vai oferecer aos participantes pintura em aquarela com tema livre, voltado principalmente para quem tem deficiência sem limite de idade e que deseje experimentar esse tipo de atividade. Ambas as atividades serão na Biblioteca Parque.
No dia seguinte, sexta-feira (2) será realizado um debate virtual promovido pelo Instituto Teatro Novo chamado “Capacitismo nas artes”. A conversa terá participação de todos os grupos que compõem a programação
No sábado (3), as atividades vão acontecer na Sala Nelson Pereira dos Santos. A partir das 18 horas, o público vai conferir a apresentação “Sensorium – Dança Inclusiva”, com o grupo de dança inclusiva Corpo em Movimento. Criado pela Associação Niteroiense dos Deficiente Físicos, o grupo é formado por 11 bailarinos, sendo cinco usuários de cadeiras de rodas e seis andantes.
O encerramento do festival acontece no domingo com a apresentação, às 18 horas, da peça “O Assassinato de Souza”, encenado pelo grupo Corpo Tátil, um coletivo teatral fundado pelo Instituto Benjamin Constant. Em seguida, o público confere o recital do poema em Libras (linguagem brasileira de sinais), “Um Papagaio do Rei”, feito pelo ator Bruno Ramos, que também trabalha como arte-educador, professor de Libras da UFF e Mestre em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina.
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