Rio - Médicos suspenderam nesta terça-feira o atendimento não emergencial da rede pública e privada de saúde no estado. A paralisação, que termina nesta quarta, marca a posição da categoria contra o programa ‘Mais Médicos’, do governo federal, e pede melhores condições de trabalho.
A greve foi acompanhada de uma manifestação no Centro, que saiu do Hemorio e foi até a Prefeitura. Um novo ato está previsto para esta quarta-feira. A adesão à paralisação foi de 60% no primeiro dia, segundo o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro.
A Secretaria Estadual de Saúde garante não ter registrado redução na presença dos profissionais. Mesmo assim, unidades foram encontradas com os portões fechados na tarde de ontem.

Um médico do ambulatório do Instituto Estadual Aloysio de Castro, em Botafogo, que preferiu não se identificar, confirmou a greve. “Aderimos completamente e fomos ao protesto, inclusive com nosso diretor”.Ney Vallin, anestesiologista do Hospital Federal de Bonsucesso, reiterou a crítica ao programa ‘Mais Médicos’ que, entre outros itens, propõe a importação de profissionais. “Não faltam médicos, falta é incentivo”.
De acordo com Jorge Darze, presidente do sindicato, pacientes com consultas e cirurgias previstas para o período de paralisação não serão completamente prejudicados. “Estamos assumindo um compromisso de não remarcar a longo prazo”, disse.
No Brasil
A paralisação aconteceu em outros 22 estados e no Distrito Federal, segundo a Federação Nacional do Médicos. Em São Paulo, apenas residentes aderiram. Em Minas, todos os médicos seguem trabalhando com escala mínima.