Por cadu.bruno

Rio - O defensor público geral do Estado, Nilson Bruno Filho, recebeu nesta sexta-feira, na sede da Defensoria Pública, no Centro, os familiares da menina Isabela Severo, de 3 anos, vítima do rompimento da adutora da Cedae, em Campo Grande, na última terça-feira.

Estiveram presentes a coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública, Alessandra Bentes, e representantes da Cedae, Prefeitura do Rio e do Governo do Estado.

Familiares e amigos se desesperaram no enterro da menina que morreu após rompimento de adutora em Campo GrandeSeverino Silva / Agência O Dia

Ainda na manhã desta sexta, a Cedae estará na loja Casas Bahia do West Shopping, em Campo Grande, iniciando o processo de ressarcimento das famílias desalojadas pelo rompimento da adutora.

Cedae ainda levanta danos causados por rompimento de adutora

Técnicos da Cedae ainda trabalham no levantamento dos danos materiais causados pelo vazamento ocorrido na adutora Henrique Lages, em Campo Grande, nesta terça-feira. Após a conclusão do inventário, os moradores serão acompanhados por funcionários do setor de segurança patrimonial a lojas onde escolherão novos bens, com todos os custos pagos pela Cedae.

Delegada Tatiane Damaris acompanhou perícia nesta quinta-feira em Campo GrandeCarlos Moraes / Agência O Dia

Segundo a empresa, a previsão é de que os moradores comecem a ser ressarcidos nos próximos dias. A companhia pede aos moradores da região não se desfaçam dos bens danificados, uma vez que sua posse facilitará a identificação dos prejuízos. Além disso, a Cedae também está concedendo uma ajuda de custos a todas as famílias desabrigadas para despesas como remédios e produtos de higiene pessoal e forneceu material escolar – cadernos, lápis, borrachas, canetas e apontadores – para as crianças.

Caso alguma família ou morador não tenha sido cadastrado, pode procurar os funcionários da Cedae de coletes azuis que estão no local atingido pelo vazamento, fazendo o levantamento das perdas materiais.

Ao todo, 98 pessoas de 24 famílias estão hospedadas desde terça-feira no hotel Hotelon, na região central de Campo Grande. Além disso, psicólogos e assistentes sociais do quadro da companhia prestam atendimento diário às vítimas. Ao todo, 86 famílias ou 230 pessoas ficaram desabrigadas, mas as demais escolheram ficar nas casas de parentes.

A Defesa Civil também continua no local vistoriando os imóveis e até o momento identificou 48 casas atingidas de alguma forma pelo vazamento. Destas, 13 foram condenadas, e já foram demolidas pela Cedae.

A Justiça determinou, nesta quarta-feira, que a Cedae terá que indenizar todos os moradores que tiveram suas casas e pertences destruídos. Caso a ordem seja descumprida, a empresa terá que pagar uma multa de R$ 100 mil.

O rompimento da adutora da Cedae, na madrugada desta terça-feira, em Campo Grande, atingiu cerca de 200 casas e destruiu mais de 15 casas. Uma criança de 3 anos morreu por conta da inundação no local e mais de 10 pessoas ficaram feridas. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Rocha Faria e já receberam alta. As famílias desabrigadas foram cadastradas pela prefeitura e estão hospedadas no hotel Hotelon, no Centro de Campo Grande.

A delegada da 35ª DP (Campo Grande) Tatiane Damaris, que está coordenando as investigações do rompimento da adutora da Cedae em Campo Grande, na Zona Oeste, informou, nesta quinta-feira, que apreendeu a planta da obra feita pela construtora RG Projetos, contratada pela fábrica de bebidas Guaracamp. Segundo os peritos e o próprio pessoal da Cedae, o caminho onde passava a adutora não está indicado na planta. "Há uma falha clara no planejamento da obra", disse a delegada.

Policiais civis que investigam obra em terreno perto de adutora em Campo Grande voltaram ao local nesta quintaCarlos Moraes / Agência O Dia

O diretor de Produção e Grande Operação da Cedae, Jorge Briard, informou que não foi notificado da obra de terraplanagem e acrescentou que em nenhum momento a Cedae foi comunicada sobre o procedimento.

O engenheiro e dono da RG Projetos, Kleber Ribeiro, e um funcionário prestaram depoimento nesta quinta-feira. Eles afirmaram que não executam obras.

A Justiça determinou, nesta quarta-feira, que a Cedae terá que indenizar todos os moradores que tiveram suas casas e pertences destruídos. Caso a ordem seja descumprida, a empresa terá que pagar uma multa de R$ 100 mil.

O rompimento da adutora da Cedae, na madrugada desta terça-feira, em Campo Grande, atingiu cerca de 200 casas e destruiu mais de 15 casas. Uma criança de 3 anos morreu por conta da inundação no local e mais de 10 pessoas ficaram feridas. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Rocha Faria e já receberam alta. As famílias desabrigadas foram cadastradas pela prefeitura e estão hospedadas no hotel Hotelon, no Centro de Campo Grande.

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