Por bianca.lobianco

Rio - Um PM identificado como Rômulo chamou o deputado federal Chico Alencar (PSOL) para a briga, durante confusão na Câmara dos Vereadores, nesta sexta-feira. Cerca de 100 manifestantes invadiram o plenário da Casa após revolta com a indicação de Chiquinho Brazão (PMDB) para a presidência da CPI dos Ônibus. A polícia entrou no local por volta das 14h30 e a luz da sala foi cortada. Os manifestantes também foram impedidos de usar o banheiro.

Manifestantes invadem Câmara dos Vereadores após revolta com indicação de Chiquinho Brazão (PMDB) para a presidência da CPI dos ÔnibusEstefan Radovicz / Agência O Dia

O deputado está em defesa do grupo e questiona os PMs sobre "qual o embasamento legal para retirar os manifestantes da Câmara". Quando a PM entrou no prédio, Chico Alencar estava lendo a ata de reivindicações. Por conta da ação da polícia, ele também saiu correndo para dentro do plenário. 

"É uma polícia totalmente despreparada que age com truculência. Como vocês podem ver eu estou tentando saber quem é o comandante desta operação, eles não querem falar e estão virando as costas para mim. Essa polícia está aqui para causar instabilidade, e não trazer proteção para o povo. Como vocês podem ver, o policial acaba de me perguntar se eu quero encará-lo. Se um policial tem a atitude de chamar para agressão um deputado federal, imagina quais são as verdadeiras intenções com os manifestantes", relatou o deputado. 

Neste momento, Chico Alencar está tentando entrar em contato com o secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame para relatar os problemas que estão ocorrendo na Casa. 

Autor da proposta da CPI%2C Elimoar Coelho não conseguiu a presidência%2C que será ocupada por Chiquinho Brazão (sentado%2C à direita)Severino Silva / Agência O Dia


Vereadores ficaram trancados em gabinete com receio de deixar local

Após a invasão dos manifestantes na Câmara, o clima ficou tenso. Os vereadores ficaram trancados no gabinete da presidência com receio de deixar o local. Cerca de 60 manifestantes estiveram na porta da sala. Eles reivindicavam que Eliomar Coelho assumisse a presidência da CPI dos Ônibus. Por volta das 10h30, a Câmara fechou as portas.

O grupo que estava do lado de fora da Casa acessou o local e invadiu o gabinete de Brazão, que foi pichado e depredado. Um dos portões da Câmara foi quebrado. Os manifestantes tomaram a sala e espalharam vários cartazes perguntando "Onde está Amarildo", e indicando que "Se Eliomar Coelho não assumir a presidência da CPI dos Ônibus, o Rio vai parar". Dizeres de "Fora Cabral" e "Nem todo mundo tem helicóptero" também foram vistos nos cartazes.

Assim que os cargos da CPI foram divulgados, o público protestou e acusou os políticos de "golpe sujo". Brazão e Professor Uóston (PMDB), eleito o relator da CPI, não assinaram o requerimento de abertura da CPI e integram a base governista. Eliomar Coelho, que propôs a Comissão, foi o único, dos cinco vereadores da Comissão, que assinou o documento.

Eliomar disse que pediu a abertura da Comissão por um "clamor das ruas" e vai conversar com a população para decidir se continua na CPI. 



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