Audiência do caso Flordelis no fórum de Niterói. Na foto, ele deixa a sala para o almoço. - Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Audiência do caso Flordelis no fórum de Niterói. Na foto, ele deixa a sala para o almoço.Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Por Yuri Eiras
Rio - A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) negou prática de rachadinha em seu gabinete parlamentar em Brasília. Flordelis é ouvida nesta sexta-feira durante audiência na 3° Vara Criminal de Niterói. A deputada é ré, acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho do ano passado.

"Eu nego a rachadinha. Para mim, não houve nenhum repasse. Não sei o motivo de terem vindo aqui falar", disse Flordelis à juíza Nearis Carvalho, que questionou: "Alguns filhos disseram que nem concordavam com isso mas eram obrigados a praticarem a rachadinha".

Flordelis também negou ter conhecimento de que Simone, filha biológica, e Anderson tiveram um namoro antes de o pastor casar com a deputada. "Fiquei sabendo depois do crime, pela mídia. Depois que vi na mídia, perguntei e ela disse que não passou de um flerte", afirmou a parlamentar.

Esse trecho do depoimento é importante para esclarecer o nível de participação de Simone no assassinato de Anderson. Testemunhas disseram que a filha de Flordelis atirou nos órgãos genitais do pastor, depois de Flávio, outro filho biológico, dar os primeiros disparos. Simone, Flávio e outros nove acusados estão presos.

Flordelis defendeu a filha biológica e disse que ela não estava em casa no momento do assassinato. "Eles foram ao teatro e depois Simone foi para a casa do namorado".