Por bianca.lobianco

Rio - O protesto contra o governador Sérgio Cabral, que terminou em confronto e quebra-quebra na Zona Sul na noite desta terça-feira, resultou em todas as agências bancárias da Rua das Laranjeiras destruídas. As lixeiras também foram arrancadas e uma loja de automóveis teve sua vidraça quebrada. A quantidade de pontos de ônibus depredados chamou a atenção dos moradores, ao todo, cinco ficaram destruídos.

O tumulto teve início quando manifestantes que tinham se reunido no Largo do Machado seguiram rumo ao Palácio Guanabara. Eles foram impedidos por um bloqueio de policiais de seguir avançando pela Rua Pinheiro Machado. O grupo forçou a passagem e a PM reagiu. Houve disparos de balas de borracha, gás lacrimogênio e spray de pimenta. Pedras e fogos de artifício foram lançados contra os militares.

Concessionária foi depredada por grupo durante protestoSeverino Silva / Agência O Dia

Os manifestantes acabaram rechaçados pelos policiais. Um PM foi ferido na cabeça. Ele foi levado para o Hospital Central da corporação, no Estácio, na Zona Norte, e levou oito pontos.

A estudante de Direito da Universidade Federal do Rio (UFRJ), Thaís Justo, de 24 anos, foi ferida na cabeça, mas não sabia se por uma bala de borracha ou uma pedra. Médicos voluntários da área de saúde que acompanharam a manifestação prestaram os primeiros socorros. Ela foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar (HSA), no Centro. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde. Uma mulher e um homem atingidos por balas de borracha no rosto e no supercílio, respectivamente, também foram socorridos pelos voluntário e liberados.

Agência bancária foi depredada por vândalosAlessandro Costa / Agência O Dia

Após o conflito em Laranjeiras, um grupo de manifestantes seguiu para a 5ª DP (Mem de Sá) para onde estavam sendo levados os detidos. Na Avenida Gomes Freire eles entraram em confronto com a PM. Um ônibus da linha 162 (Glória-Leblon), da Viação São Silvestre, que faz ponto final na via, foi depredado por volta das 23h. Uma agência do Banco Itaú que fica em frente também foi atacada. Bares da região foram forçados a fechar mais cedo devido ao tumulto.

O funcionário da TV Brasil, Arthur Vaz, de 59 anos, levou 18 pontos em dois dedos da mão em decorrência do confronto na Avenida Gomes Freire. Ele chegava para trabalhar, por volta das 23h, quando foi surpreendido pelo tumulto. Ele acabou caindo e sofrendo os cortes na mão. Atendido no HSA, ele acabou voltando para casa.

Todos os detidos foram liberados durante a madrugada.

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