Por thiago.antunes

Rio - O delegado titular da Delegacia de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, convidou policiais da Delegacia Judiciária da Polícia Militar (DJPM) para participar da reconstituição do caso Amarildo, na noite deste domingo, na Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio.

De acordo com Barbosa, a ideia é trabalhar em conjunto para descobrir o que está acontecendo. "Convidei a Delegacia Judiciária da PM para acompanhar toda a perícia. Não há qualquer problema em juntar as duas polícias, pois o objetivo é descobrir a verdade e respeitar as pessoas envolvidas no caso", disse.

Sobrinha de Amarildo foi até local onde era feita a simulação, em reconstituição feita no começo deste mêsSeverino Silva / Agência O Dia

A reconstituição vai ser toda feita a partir do GPS do carro da polícia usado no dia do desaparecimento do pedreiro. "Agora vamos fazer dentro e fora da comunidade todo o percurso que o carro da polícia fez no dia do do desaparecimento", comentou Rivaldo Barbosa.

No momento, a perícia está no Largo do Boiadeiro, em frente a Pizarria Lite, ponto em que a viatura estava quando teria se deslocado até a casa do pedreiro. Um PM está no local junto com os agentes, relatando o que aconteceu na ocasião.

Em seguida, a reconstituição seguiu por ruas da Zona Sul e depois para a Zona Portuária e a sede do Batalhão de Choque (BPCHq). Outro PM vai à favela ainda neste domingo fazer o mesmo trajeto. Os nomes dos policiais envolvidos não foram divulgados.

Amarildo de Souza está desaparecido desde o dia 14 de julho, após ter sido levado para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.

Últimos passos de Amarildo

No dia 1º de setembro, a Polícia Civil subiu a Rocinha fazer a simulação dos últimos passos do pedreiro. A ação, prevista para durar 12 horas, mobilizou grande aparato policial e tentou esclarecer dúvidas e contradições do inquérito. A ação foi comandada pelo delegado da DH, Rivaldo Barbosa, e contou com cem agentes da especializada e da Coordenaria de Recursos Especiais (Core), além de peritos, dois promotores e 30 alunos do curso de delegados.

Treze policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha — que trabalharam no dia em que o pedreiro desapareceu —, foram chamados a participar. Os familiares do pedreiro também foram chamados, mas não quiseram participar da reconstituição.

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