Por bianca.lobianco

Rio - A presidenta Dilma Roussef disse, na tarde desta quarta-feira, no Estaleiro Inhaúma, no Caju, na Zona Norte do Rio, que está muito orgulhosa da quantidade de empregos que foi gerada por conta das obras da indústria naval. "Me lembro que em 2003 a indústria naval empregava apenas 2 mil operários e hoje emprega 60 mil. A indústria naval voltará a ser uma das maiores do mundo", disse. 

"Nós tinhamos acabado de eleger o Lula, eu havia ido para o ministério de Minas e Energia com a certeza que deveríamos melhorar o Brasil. Quando a gente falava em indústria naval, em gerar empregos, ouvíamos que isso era um sonho e que estávamos absolutamente loucos. Hoje vejo o acerto do governo, que acreditou na capacidade do trabalho de gerar riqueza pra este país. Em 2003, gerávamos empregos mas não no Brasil e sim, no Japão, na Coreia e em Cingapura. O resultado deste trabalho está aqui. Empregos chegando a 70 mil e quero dizer que não vamos parar por aqui.

A presidenta também falou sobre a construção de novas plataformas de petróleo, além da P-74. "Vamos construir aqui a P-75,P-76 e P-77, além de visitarmos o Campo de Libra (área de reservas estimadas entre oito e 12 bilhões de barris de petróleo). Se tem uma área no Brasil onde há emprego, investimento e oportunidade para se construir uma grande indústria, é o setor de petróleo e gás", garantiu.

Governador e prefeito vaiados

O evento também contou com a presença do prefeito Eduardo Paes, o governador Sérgio Cabral, o ministro de Minas e Energia Édison Lobão e o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. Paes e Cabral foram vaiados pelos operários do estaleiro e não conseguiram discursar. Já a presidenta Dilma foi bastante ovacionada. 

Durante a vaia, Cabral respondeu os trabalhadores com um tchauzinho, o vice, Luiz Fernando Pezão riu, e Eduardo Paes ficou calado. 

Questionada sobre a espionagem da Petrobras e de seus dados confidenciais pelo programa de monitoramento da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, sigla em inglês), Dilma disse que vai aguardar um posicionamento oficial do governo norte-americano. "Sei apenas que no dia 27 vou abrir a Assembleia Geral da ONU, contra a invasão de privacidade". 

Prefeitura pede R$ 3 bi ao BNDES

A Prefeitura do Rio encaminhou ontem à Câmara Municipal dos Vereadores, um anteprojeto de decreto — que poderá virar projeto, se aprovado — para empréstimo de R$ 3 bilhões ao BNDES. A bolada será para execução de obras de melhoria da infraestrutura viária e urbana da cidade. Os BRTs, túnel do Porto Maravilha, urbanização do entorno do Engenhão e ligação cicloviária do Joá fazem parte do projeto.

A justificativa dada pelo prefeito Eduardo Paes para o empréstimo é extensa e vai desde melhoria do trânsito até segurança para ciclistas e pedestres. O texto do anteprojeto foi divulgado a seis comissões da Câmara e, posteriormente, irá para votação no Plenário da Casa.

Já o governador Sérgio Cabral publicou ontem no Diário Oficial ato autorizando empréstimo de US$ 750 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento para mobilidade urbana.

Pescadores protestam

Na porta do Clube Mauá, uma manifestação pacífica de dez pescadores reclamava da mudança da área de pesca em Niterói e um homem fantasiado de gorila reivindicava melhorias na saúde.

“Estou com câncer há quatro meses e não consigo atendimento médico”, dizia Eduardo Leite, de 44 anos. Ele segurava cartaz com a frase ‘O povo tem que continuar com máscaras, quem tem que tirar são os políticos corruptos’, em frente a policiais. Cerca de 150 agentes fez a segurança do local. Eles apenas pediram identidades para averiguação.



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