Rio - Com a promessa de dar um passo firme na recuperação de adolescentes usuários de drogas, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social inaugurou nesta quinta-feira, em Jacarepaguá, a segunda Casa Viva da cidade. Trata-se de um conceito inovador de abrigo que conta com atendimentos especializados na área de Saúde e Educação. Localizado na Taquara, o novo espaço é voltado para meninas com idade entre 12 e 17 anos. O Viva Rio é parceiro no projeto.
Ao todo, há cinco unidades previstas. A primeira, em Bonsucesso, foi inaugurada no dia 12, e cuida apenas de meninos. As outras, em Del Castilho, Bangu e Penha, já estão funcionando, mas serão apresentadas oficialmente mês que vem.
“É Casa Viva porque ela pulsa, tem ambiente acolhedor e cria novas oportunidades. Nossa estratégia é construir uma trajetória de emancipação para essas adolescentes. Queremos que elas tenham os anticorpos necessários para que não busquem nas drogas um refúgio diante das dificuldades da vida”, declarou o subsecretário da pasta, Rodrigo Abel.
As casas devem estar próximas de Centros de Atenção Psicossocial para Crianças e Adolescentes com Transtornos Mentais, para continuidade do tratamento. Também contam com educadores sociais treinados pelo Viva Rio, enfermeiro, psicólogo, assistente social, pedagogo. Há vans que levam os assistidos às escolas, vilas olímpicas e a passeios.
“Já fugi para poder usar droga, mas me arrependi e voltei. Quero muito me recuperar e ficar com meus irmãos menores”, disse G., de 17 anos. Há duas possibilidades para as assistidas chegarem à casa: por determinação judicial ou pelo acolhimento de rua, mediante laudo médico que encaminhe ao abrigo.