Por thiago.antunes
Rio - Eduardo Fauzi, acusado de agredir com um tapa o secretário de Ordem Pública Alex Costa, foi solto na tarde desta quinta-feira. Na tarde desta quarta-feira, o Tribunal de Justiça já havia concedido liberdade a Fauzi. Ele foi preso no dia 8 de novembro, um dia após ser denunciado pelo Ministério Público, e estava na cadeia pública Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
No dia 5 de novembro, após uma operação da secretaria que fechou estacionamentos irregulares na Zona Portuária, Fauzi agrediu Alex Costa durante uma entrevista. Na ocasião da captura, ele foi encaminhado para a 4ª DP (Praça da República).

Eduardo foi preso na sede da Associação de Guardadores Autônomos São Miguel, localizada na Rua México, no Centro do Rio. O delegado Luiz Lima, titular da 4ª DP, representou contra a prisão de Eduardo que teve o mandado de prisão expedido pela Justiça. Ele vai responder pelos crimes de lesão corporal, ameaça, desacato, exercício ilegal da profissão e coação no curso do processo. Fauzi chegou a ser encaminhado para a delegacia na terça, mas foi liberado após pagar fiança.

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O Ministério Público denunciou e pediu a prisão preventiva Fauzi pelos mesmos crimes, aceito pela 32ª Vara Criminal. O órgão informou que o acusado estava exercendo ilegalmente a atividade econômica no estacionamento rotativo, que não possui sequer alvará de funcionamento. Segundo o MP além de ter praticados sucessivos delitos contra um agente público, Cerquise tem antecedentes por delitos contra a pessoa, o patrimônio e a administração pública, entre outros.
'Tapa foi pouco', disse acusado
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Após o incidente, eles se reencontraram manhã de quarta-feira em outra operação, desta vez realizada na Rua Sacadura Cabral, na Zona Portuária. Eduardo declarou não se arrepender da agressão e contou que estava no local para representar mais de 200 profissionais guardadores de carros e microempresários do ramo.
Secretário Alex Costa é observado pelo seu agressor (de braços cruzados)Severino Silva / Agência O Dia

"Agressão muito maior é tirar o sustento de um cidadão. Um tapa no rosto desse sujeito foi pouco. Esse animal quer entregar o Centro para as grandes corporações. Ele só se aproxima de mim com vários homens em volta", afirmou Fauzi, que está à frente da Associação de Guardadores de Carros da Rua São Miguel.

De acordo com o delegado Alcides Pereira foram "apuradas condutas criminosas na exploração de estacionamento em área pública". Fauzi já coleciona antecedentes criminais por crime contra a ordem econômica, lesão corporal, formação de quadrilha, desobediência, calúnia e difamação, sendo investigado desde de agosto 2011 por formação de quadrilha em inquérito da 5ª DP (Gomes Freire). A origem da investigação foi a denúncia do então subprefeito do Centro, Thiago Barcellos, que incluiu o envolvimento de uma milícia, formada por policiais civis e militares no negócio.