Por tamyres.matos
Rio - A lei imperou na areia. Para evitar furtos e roubos, incluindo arrastões, como os recentemente registrados na orla carioca, especialmente no Arpoador, os frequentadores das praias do Rio contaram com o reforço de 600 policiais militares, além de homens do Batalhão de Choque, que circulavam em grupos a pé ou em motos pelo calçadão e areia. Na Delegacia Móvel que a Polícia Civil colocou em operação no Arpoador, não houve ocorrência relevante.

“Até tivemos dois registros, mas um foi de pessoa procurando ajuda porque perdeu os documentos, e outro de uma criança perdida, logo depois encontrada”, relata um inspetor da Polícia Civil de plantão no posto, que pediu para não ser identificado, “por segurança”. “Foi um fim de semana em que me senti como nos tempos da ‘barraca amarela’ do Tivoli Park (parque de diversões na Lagoa, célebre nos anos 80), que era onde ficavam as crianças perdidas. Lembro que eu ia parar lá direto, passava a maior vergonha com meus pais”, brincou o policial.

Presença de PMs de motos ou a pé pelo calçadão ajudou a evitar roubos e furtos ao longo da orlaJoão Laet / Agência O Dia

A grande dificuldade de quem optou pelo banho de mar foi encontrar um lugar na areia, tomada por barracas, cadeiras e cangas. Para fugir do mar forte em alguns pontos, os banhistas também tiveram que fazer fila para os chuveiros.

Por conta do calor forte — a sensação térmica foi de 42 graus ontem, segundo o AlertaRio — as emergências nos hospitais da cidade ficaram mais cheias. Aumentaram os casos de desidratação, desmaios, diarreia, insolação e até intoxicações alimentares, frequentes nesta época do ano.
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A previsão é de que a temperatura continue a subir em todo o estado, a partir de amanhã, segundo o Instituto Climatempo. Hoje, porém, é esperado clima mais ameno com possibilidade de chuvas no fim do dia.