Zaqueu recebe sucessor nesta sexta
Pedro Fernandes vai ficar em secretaria por apenas dois meses
Rio - O deputado estadual Pedro Fernandes, do Solidariedade (SDD), aceitou o convite do governador Sérgio Cabral (PMDB) para assumir a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos no lugar de Zaqueu Teixeira. Mas ficará só até o início de abril, quando deixará o cargo para cuidar de sua pré-candidatura à reeleição.
Pedro vai na manhã desta sexta-feira à secretaria para conversar com Zaqueu e tomar pé dos projetos em andamento. Sua nomeação sairá no Diário Oficial no início da semana que vem, com data retroativa a 1º de fevereiro. O deputado entra para o primeiro escalão do governo na semana em que a aliança PMDB-PT chegou ao fim depois de longa agonia.
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O futuro secretário tem 30 anos, é dentista e fez curso de extensão em Políticas Públicas na prestigiada Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Filho da vereadora Rosa Fernandes (SDD), foi sondado para ser vice na chapa do senador Lindbergh Farias (PT). Pedro tentou argumentar com Cabral para que fosse escolhido alguém que pudesse ficar até o fim do governo. Mas o governador insistiu para que ele ficasse para fazer mudanças na pasta.
O deputado garante que ninguém será demitido só por ser filiado ao PT. Quando aceitou o convite de Cabral, Pedro pediu que não houvesse exonerações políticas. Portanto, quem quiser ignorar a ameaça de expulsão feita pela direção estadual do PT poderá ficar. Se comprovar competência, claro. Em princípio, os seis subsecretários de Zaqueu serão mantidos.
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Segundo o atual secretário, a pasta tem 417 cargos comissionados, mas os petistas “não passam de 30”. Preocupado com a possibilidade de uma demissão em massa, Zaqueu apontou a Cabral esta semana quais são os “pontos sensíveis” da secretaria, mostrou tudo o que está em andamento e desabafou ontem ao DIA: “Se você demite os 417 comissionados da secretaria acreditando que todos são petistas, acaba com a política pública de Assistência Social e Direitos Humanos do estado.”