Por thiago.antunes

Rio - O coronel da Polícia Militar Djalma Beltrami foi absolvido pela Justiça da acusação de comandar esquema de corrupção em 2011, quando comandou o 7º BPM (São Gonçalo) — ele chegou a ser preso em dezembro daquele ano junto com outros 12 PMs. Na ocasião, inquérito da Divisão de Homicídios de Niterói, então comandada pelo delegado Alan Luxardo, apontou que o oficial e subordinados recebiam propina para não reprimir o tráfico de drogas no Morro da Coruja, em São Gonçalo.

Beltrami afirmou que não conseguiu esquecer o momento da prisãoPaulo Alvadia / Agência O Dia

“O ordenamento jurídico positivo e minha consciência me levam a reconhecer a incidência do primado ‘in dubio pro reo’ (que, em latim, significa ‘na dúvida a favor do réu), para absolver o acusado Djalma José Beltrami de todas as imputações que lhe foram formuladas”, escreveu o juiz Márcio da Costa Dantas, titular de 2ª Vara de São Pedro da Aldeia. O magistrado condenou outros quatro PMs nesse processo.

Em entrevista à Rede Globo, Beltrami afirmou que, três anos após ser acusado do crime, ainda não conseguiu esquecer aquele momento: “Sempre tive a missão de ajudar as pessoas. Só que naquele momento eu não conseguia sequer me ajudar”, contou. 

Escutas telefônicas captaram conversas entre policiais do 7º BPM e criminosos do Morro da Coruja, no bairro Vila Lage. Para a acusação, diálogos faziam referência a Beltrami. A Justiça não entendeu dessa maneira. O juiz Márcio da Costa Dantas destacou, na sentença, informação prestada pelo coronel Erir Ribeiro, comandante-geral da PM na época da investigação. Erir frisou que a Inteligência da instituição jamais captou indícios de que Beltrami fosse corrupto.

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