Rio - O julgamento do tenente-coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz Silva Oliveira, acusado de ser o mentor do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 2011, começou por volta das 9h30 desta quinta-feira, no 3º Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana. O oficial, que chegou ao juri algemado, extremamente abatido e bem mais magro, era o comandante do Batalhão da PM de São Gonçalo (7º BPM), município onde a juíza atuava como titular do Tribunal do Júri.
Nesta quinta-feira está sendo a primeira vez que a família do cel. Cláudio se encontra com ele desde que ele foi preso. Ele cumpre pena há dois anos e três meses num presídio federal em Rondônia.
A defesa de Cláudio Luiz pediu ainda o adiamento do julgamento alegando que algumas diligencias não foram feitas. No entanto, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, presidente da sessão, não aceitou o pedido. Com isso, o primeiro depoimento foi do delegado Felipe Ettore, titular da Divisão de Homicídios (DH) na época em que a juíza foi assassinada.
Por volta das 11h40, começou o depoimento do promotor de justiça Paulo Roberto Melo Cunha, que trabalhava com Patrícia Acioli na época do crime. Ele anda escoltado por PMs desde a morte da juiza porque foi ameaçado de morte.
Além do coronel, dez policiais militares do Batalhão de São Gonçalo foram denunciados pelo Ministério Público (MP) pelo homicídio. Segundo o MP, os policiais queriam se vingar da juíza porque ela costumava condenar policiais por desvios de conduta.
Seis policiais já foram condenados pelo assassinato: Carlos Adílio Maciel dos Santos, Jefferson de Araújo Miranda, Júnior Cezar de Medeiros, Sergio Costa Júnior e Daniel dos Santos Benitez Lopes. Mais quatro réus serão julgados em 3 de abril.