Por thiago.antunes

Rio - O juiz Marco Couto, titular da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, condenou nesta terça-feira, o ex-vereador carioca Cristiano Girão Matias a mais quatro anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro.

Preso desde 2009 por chefiar a milícia de Gardênia Azul, também em Jacarepaguá, Girão foi condenado, em 2011, a 14 anos, seis meses e seis dias de prisão por formação de quadrilha. Segundo a sentença, mesmo preso, ele permanece na liderança do grupo, acusado de explorar moradores e comerciantes do local. As ordens aos subordinados, de acordo com a investigação, são passadas por recados através daqueles que têm autorização para visitá-lo.

No novo processo, além de Girão, outros quatro acusados também foram condenados: Celso de Souza Matias (sete anos de reclusão, em regime fechado, por formação de quadrilha); Haluska Almeida de Souza, Roselaine Castro Girão Vidal – irmã de Girão - e Samantha Miranda dos Santos Girão Mathias – mulher do miliciano (quatro anos de reclusão, em regime aberto, por lavagem de dinheiro). A pena das três mulheres foi substituída por prestação pecuniária e de serviços, dado a elas ainda o direito de recorrer em liberdade.

Ainda de acordo com a sentença, Cristiano Girão teria usado a fortuna acumulada para a compra de imóveis na região da Gardênia Azul. E para encobrir o seu domínio, lançou os bens em nome de “laranjas”. Durante a ação penal, a Justiça bloqueou os bens da quadrilha e determinou aos inquilinos desses imóveis que depositassem o valor dos aluguéis em juízo. Agora na sentença, o juiz declarou a perda dos valores - assim como dos que ainda venham a ser depositados – em favor do Estado do Rio de Janeiro.

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