Rio - Os ‘gajos’ da seleção portuguesa podem estar em baixa, mas a colônia lusitana promete torcer com afinco por Cristiano Ronaldo e companhia no jogo de hoje, às 13h, contra Gana, em Brasília. Apesar das chances remotas de classificação para as oitavas de final, torcedores como o engenheiro Luís Paulo Rodrigues, que mora no Rio há 28 anos, prometem não jogar a toalha antes da hora.
“Seria a vitória da honra. Não podemos nos despedir do Brasil sem ganhar um jogo. Vencer o Mundial no Brasil seria emblemático, mas teremos que nos contentar com uma última e bela apresentação”, diz ele, que pretende assistir ao jogo uniformizado, em casa, na companhia do filho e da esposa, ambos brasileiros. “Se os deuses nos ajudarem, passaremos de fase. Aí começará uma ‘nova Copa’”, acredita.

A descrença do engenheiro é igual à de boa parte de seus conterrâneos e tem lá seus motivos: a goleada sofrida diante da Alemanha na primeira rodada, por quatro a zero, e o empate arrancado no último minuto contra os Estados Unidos, no segundo jogo, fizeram com que as chances matemáticas de classificação se tornassem inferiores a 4%. “Um empate entre Estados Unidos e Alemanha classifica as duas seleções”, lembra.
Enquanto a torcida se volta para uma última atuação de CR7, clubes conhecidos por manter viva a chama da tradição lusa cancelaram confraternizações. É o caso da Casa de Trás-os-Montes de Alto Douro, na Tijuca.
“A maioria desanimou e quer assistir ao jogo em casa”, explicou o sócio Fábio Ribeiro, filho de portugueses, que confessa sentir falta do tradicional almoço com os patrícios. “Terá torcida regada a um bom vinho”, afirmou, esperançoso.