Por felipe.martins

Rio - Dois dias depois de admitir abrir seu palanque para o presidenciável tucano Aécio Neves, o governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou ontem que o seu relacionamento com a presidenta Dilma Rousseff está “acima das questões partidárias”.

“Não tem palanque que vai nos separar. Tenho uma dívida de gratidão com ela e com o presidente Lula. Gratidão comigo não prescreve. Ela é uma grande amiga. Nosso relacionamento está acima das questões partidárias”, ressaltou Pezão, durante inauguração de obra no Norte Fluminense. Ele disse ainda que os “interesses da população do Estado do Rio estão acima dos interesses das minhas alianças partidárias.”

A adesão do PSDB e do DEM à chapa de Pezão continua rendendo desdobramentos. Após afirmar, em nota, que a coligação era um ‘bacanal’, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), articula agora o ‘Dilmão’, uma frente de prefeitos da Região Metropolitana pró-Dilma Rousseff.

O prefeito do Rio afirma que não há divergências com ala do PMDBErnesto Carriço / Agência O Dia

Como noticiou ontem a coluna Informe do DIA, Paes mais os prefeitos de Niterói, Rodrigo Neves (PT), e de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso (sem partido), buscam atrair outros líderes municipais para o movimento. Além disso, eles preparam um documento no qual vão mostrar as realizações da presidenta no Rio.

O prefeito do Rio, em entrevista à rádio CBN, responsabilizou o PT e o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, pelo fim da aliança com o PMDB no Rio, dando origem à dissidência peemedebista em torno de Aécio Neves. Ele negou também que tenha problemas com parte do partido que defende o movimento ‘Aezão’, apoio a Aécio e Pezão, criado pelo presidente regional do PMDB, Jorge Picciani.

“O presidente Picciani tem uma posição divergente da minha para presidente. Respeito a posição dele, porque ela foi provocada pelo PT do Rio. O Picciani sempre defendeu a aliança com a presidente Dilma. O PMDB do Rio está absolutamente unido em torno do governador Pezão, e ele não vai se desunir. Não tentem intrigar uma aliança”, disse Paes.

Em outro trecho, o prefeito foi mais assertivo ainda: “Vou usar toda a minha força política para que Dilma seja reeleita e o Pezão também. Quem desfez essa parceria no Rio foi justamente o PT do Rio, e o Quaquá foi um dos protagonistas.”

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