Por felipe.martins

Rio - No dia seguinte à morte do policial militar Dayvid Lopes Atanásio, de 25 anos, agentes do Serviço de Inteligência do 7º BPM (São Gonçalo) realizaram uma incursão no bairro Catarina Velho para tentar localizar o traficante Schumaker Antonácio do Rosário, o Schumacher, 30 anos. O criminoso é apontado como responsável por ameaçar e matar policiais na região. 

Soldado Dayvid Lopes AthanázioReprodução

Os agentes flagraram Jeferson de Oliveira dos Santos, 19 anos, Thiago de Souza Bastos, 24, e um menor de 16 anos.  Com eles a PM apreendeu 16 cápsulas de cocaína, 124 trouxinhas de maconha e um radiotransmissor.  Todos foram conduzidos para o 74ª DP (Alcãntara).

Policiais da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo realizaram uma operação no Jardim catarina com apoio do Core e do Bope. No entanto, ninguém foi preso. 

Condenado a mais de 29 anos de cadeia por homicídio e assalto a mão armada, Schumacher foi preso em agosto de 2003. Em outubro de 2013 ele recebeu o benefício de cumprir o restante de sua pena no regime semi-aberto e não voltou para a prisão. O grupo dele, intitulado “Bonde do Schumacher”, é acusado não somente de tráfico de drogas, mas também de cometer assaltos e diversos homicídios na região. 

PM morto perto de casa

O PM tinha saído da academia e parou na padaria do pai, na esquina da Rua Aimorés com a Avenida Padre Vieira, próximo a sua casa, por volta das 20h. Ao embarcar de volta no Honda, três homens pararam atrás em um outro veículo não identificado e começaram a atirar. Há pouco mais de dois anos na corporação, o soldado sequer teve tempo de reagir. Os bandidos fugiram levando a arma dele.

O policial ainda foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, mas não resistiu. Ele estava há dois meses no GTM, após trabalhar na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, e completaria três anos na corporação.

Corpo foi enterrado na tarde desta sexta-feira


O corpo do soldado foi enterrado no final da tarde desta sexta-feira no Cemitério Parque Niterói. Um amigo, que preferiu não se identificar, lamentou a morte do PM. "Ele era uma pessoa muito prestativa. Muito inteligente. Ajudava os policiais nos estudos. Não merecia isso", disse.

Ainda no enterro, um rapaz que se identificou como primo de Dayvid e que também seria policial, lotado na UPP da Mangueira, afirmou que está sofrendo ameaças. Ele disse que não tem como voltar para casa e que a corporação não vem lhe oferecendo suporte. 

Procurado pela reportagem do DIA o Comando de Polícia Pacificadora (CPP) informou que o comandante da UPP da Mangueira, major Márcio Rodrigues, tomou conhecimento da situação e está tomando as providências possíveis para auxiliar o policial. 

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