Rio - Lotado no Grupamento Tático Móvel (GTM) do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), o soldado Dayvid Lopes Atanásio, 25 anos, morreu após sofrer emboscada na porta de sua casa, no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo, na noite desta quinta-feira, dia 26 de junho. O PM chegava em casa, na Avenida Padre Vieira - entre as ruas 29 e 80 -, no Catarina Novo, quando foi surpreendido pelos traficantes do local.
Há pouco mais de dois anos na corporação, o soldado sequer teve tempo de reagir. Os bandidos fugiram levando a arma dele. O policial ainda foi socorrido por um tio e levado para o Hospital Estadual Alberto Torres - mais conhecido como Hospital Geral de São Gonçalo -, no Colubandê, mas não resistiu. Ele estava há dois meses no GTM, após trabalhar na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, e completaria três anos na corporação.
Apontado pela Polícia como integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e chefe do tráfico na região, Schumaker Antonácio do Rosário, o Schumacher, 30 anos, tem ameaçado matar todos os policiais que moram no local. Horas antes da execução do soldado Atanásio, um grupo de criminosos chegou a cercar a residência de um subtenente lotado no 7º BPM (São Gonçalo) que mora na localidade conhecida como Ipuca.
O PM conseguiu ligar para o batalhão e pedir auxílio. Várias viaturas foram deslocadas com brevidade para o endereço e conseguiram chegar a tempo de resgatar o policial. Os traficantes fugiram.
Condenado a mais de 29 anos de cadeia por homicídio e assalto a mão armada, Schumacher foi preso em agosto de 2003. Em outubro de 2013 ele recebeu o benefício de cumprir o restante de sua pena no regime semi-aberto e não voltou para a prisão. O grupo dele, intitulado “Bonde do Schumacher”, é acusado não somente de tráfico de drogas, mas também de cometer assaltos e diversos homicídios na região.
Qualquer informação que auxilie a Polícia na localização e prisão do bandido e seus comparsas pode ser repassada para o Disque-Denúncia através do número 2253-1177. Não é preciso se identificar e o anonimato é garantido.
Em seis meses, 139 policiais já foram baleados no Estado do Rio. Destes, 36 morreram. Do total, quatro eram policiais civis – sendo um aposentado – e 135 eram PMs – sendo que cinco eram reformados, um era recruta e um era oficial. Do total de policiais na ativa, 46 estavam de folga e 87 estavam de serviço.