Por paulo.gomes

Rio - Diversos amigos e parentes comparecem ao velório da empresária Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas, na tarde desta sexta-feira, no Memorial do Carmo, no Caju. A cerimônia conta com a presença de artistas como Marisa Monte, Roberto Bonfim e Hugo Carvana. Consternados, ninguém quis comentar a morte da dona do restaurante Guimas, na Gávea.

Também presente ao velório, o deputado federal Miro Teixeira lamentou que Maria Cristina tenha sido mais uma vítima da violência no Rio de Janeiro. "A Tintim (Maria Cristina) era uma pessoa ilustre, muito querida por todos, trabalhadora, acordava de madrugada para fazer compras. É uma situação para refletir. temos que ter medo sim, e todo mundo tem", disse Miro.

Consternados%2C amigos e parentes comparecem ao velório de Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas%2C no Memorial do Carmo%2C no CajuPaulo Campos / Agência O Dia

Tintim, como era conhecida, foi morta durante um assalto na Praça Santos Dumont, após sacar R$ 13 mil para o pagamento dos funcionários. Os bandidos estavam em uma moto, com o piloto utilizando um capacete (vermelho) e o outro não. Outro carro estacionado na Praça Santos Dumont fazia a cobertura dos criminosos. Imagens de câmeras de prédios e restaurantes flagraram com nitidez a ação do bandidos e foram entregues à polícia.

Segundo testemunhas, Maria Cristina conversava com uma vendedora, quando um homem saltou da moto. Ele deu uma gravata na empresária, que resistiu em entregar a bolsa. O bandido a agrediu e, em seguida, fez o disparo.

Tintim%2C como era conhecida a empresária Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas%2C era casada com Chico MascarenhasErnesto Carriço / Agência O Dia

Disque-Denúncia recebe informações sobre os criminosos

O Disque-Denúncia (2253-1177) recebeu até às 11h desta sexta-feira, três denúncias sobre o assassinato da empresária. O órgão informou que analistas vêm realizando cruzamentos de dados sobre crimes semelhantes ocorridos naquela localidade. O objetivo é identificar um padrão ou pessoas envolvidas nessa modalidade de crime. Todas as denúncias e informações estão sendo encaminhadas à Divisão de Homicídios (DH), responsável pela investigação do caso. “Foi um crime covarde. Acreditamos que ela já estava sendo seguida desde o banco”, afirmou o delegado Rivaldo Barbosa, da DH.

Amigos deixaram flores nesta sexta-feira%2C na Praça Santos Dumont%2C na Gávea%2C homenageando Maria Cristina Mascarenhas%2C que foi morta no local na tarde de quintaFabio Gonçalves / Agência O Dia

A polícia apura se os criminosos, que podem ser da Favela da Rocinha, em São Conrado, conheciam a rotina da vítima e receberam informações privilegiadas. Funcionários do Guimas, que fica a 150 metros do local do crime, e do banco serão convocados a prestar depoimento como colaboradores. Na hora do crime, agentes da 15ª DP (Gávea) almoçavam perto de onde Maria Cristina foi emboscada. “Chegamos o mais rápido possível”, disse o delegado Antônio Ricardo Nunes.

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