Por julia.sorella

Rio - O enterro do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, que morreu na madrugada de sexta-feira, em sua residência, no Leblon, aconteceu na manhã deste sábado no cemitério São João Batista, em Botafogo. O jornalista foi sepultado com uma blusa de Itaparica, sua terra natal, por baixo do fardão da Academia Brasileira de Letras. Em cima do caixão tinha uma camiseta do bloco Areia, um bloco de rua do Leblon que homenageou o escritor no carnaval passado.  

A filha Manuela, do seu primeiro casamento com Mônica Maria Roters, e a viúva Berenice de Carvalho Ribeiro não quiseram se pronunciar. Seu filho Bento Ribeiro, comentou sobre um livro que o pai estava escrevendo sobre um narrador baiano que contava histórias do bairro do Leblon.

Bento Ribeiro%2C filho do escritor%2C e a viúva Berenice Ribeiro se despedem emocionadosSeverino Silva / Agência O Dia

 O presidente da ABL, Geraldo de Holanda Cavalcante, preparou um discurso de despedida para o escritor, mas não conseguiu comparecer no enterro por conta de um problema pessoal. O discurso foi lido durante a missa de corpo presente pelo secretário-geral da instituição, Domício Proença Filho. "João Bbaldo parte de suspresa e o luto que no momento nós investimos é um luto nacional" dizia um trecho do discurso. 

A escritora brasileira Nélida Piñon, que também faz parte da ABL disse que o escritor era uma pessoa muito engraçada."Ele tinha um linguajar destemperado, era excessivamente irreverente e um homem muito culto" disse a imortal da academia. 

O escritor João Ubaldo Ribeiro foi enterrado no cemitério São João Batista, em BotafogoSeverino Silva / Agência O Dia

Comoção no velório

Amigos e parentes do escritor João Ubaldo Ribeiro, vítima de embolia pulmonar, se emocionaram no velório do acadêmico, que começou às 13h, na sexta-feira, na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro. Sétimo ocupante da cadeira número 34 da ABL, o autor escreveu mais de 20 livros, publicados em 16 países. Ele faleceu dentro de sua residência, no Leblon.

A ABL decretou luto de três dias pela morte do acadêmico e determinou que a bandeira da Academia seja hasteada a meio mastro. 

Durante a despedida, além dos parentes, alguns amigos tiveram de ser consolados. Todos prestaram homenagens e solidariedade à familia do escritor, considerado um dos maiores do país.


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