Rio - Empatado na liderança da disputa pelo governo do Rio com o candidato do PR, Anthony Garotinho, o senador Marcelo Crivella, do PRB, decidiu partir para o confronto e atacar seu principal adversário. Sem citar o nome do ex-governador, Crivella criticou seu rival durante caminhada ontem no calçadão de Bangu. Com problemas gástricos, segundo sua assessoria, Garotinho não fez campanha de rua pelo segundo dia consecutivo. Foi representado por sua filha Clarissa, candidata à Câmara dos Deputados.
“Sem o (apoio do) governo federal, as políticas para o estado se tornam apenas políticas de efeito, e não de causa. Fazem coisas do tipo restaurante a um real, cinema a um real, piscinão a um real. Não é que não sejam importantes, mas tratam só dos efeitos, não das causas”, disse Crivella, em alusão aos projetos sociais da gestão de Garotinho.
Sem partidos aliados à sua candidatura, Crivella afirmou que a presidenta Dilma Rousseff subirá em seu palanque. “Dilma participará do meu palanque. Nossa vitória é a forma de a união entre estado e governo federal continuar, já que a traição do PMDB no Rio foi sem precedentes na política”, completou Crivella. Foi uma referência ao apoio de parte do PMDB ao presidenciável Aécio Neves (PSDB), no movimento que ficou conhecido como ‘Aezão’.
Impedido pela legislação de fazer inaugurações, o governador Luiz Fernando Pezão visitou ontem as obras do metrô da Linha 4, que vai ligar Ipanema à Barra da Tijuca. Durante a vistoria, o candidato à reeleição argumentou que o trabalho feito ao longo dos últimos sete anos em parceria com o ex-governador Sérgio Cabral dará visibilidade à sua candidatura. “Isso aqui (Linha 4 do Metrô) é a prova do que fizemos em sete anos”, observou. “Vamos entregar no exercício do nosso mandato, em abril de 2016, acredito que o metrô já estará rodando para testes. É uma obra que não será para a Olimpíada, é para a cidade”, emendou.
Sem a companhia de Romário, candidato do PSB ao Senado, o senador Lindberg Farias, do PT, fez campanha na sexta-feira no Norte Fluminense, reduto eleitoral de Garotinho. O petista foi a Campos dos Goytacazes, cidade governada por Rosinha Garotinho, e São Francisco do Itabapoana. “Quero trazer para o Rio um governo descentralizado, com orçamento territorializado e participativo. Vamos criar um governo com mais participação da população”, prometeu o candidato.