Rio - Não bastasse os moradores da Favela Rato Molhado, na Rua Dois de Maio, no Engenho Novo, terem perdido a área de lazer da comunidade para abrigar a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), agora há o risco de uma tragédia anunciada: a cobertura em alumínio da quadra de esportes está com várias telhas despencando. Uma ventania mais forte pode transformar as placas em armas letais para crianças que continuam brincando em volta do contêiner da PM, e para os policiais militares que ali trabalham.
O presidente da Associação de Moradores da Rua Dois de Maio, Yanui de Almeida, disse que já conversou algumas vezes com o major Sena, comandante da UPP, pedindo providências. “Até a chegada da UPP, a quadra era gerenciada pela associação, que fazia os reparos necessários”, afirma o líder comunitário.
Segundo a moradora Mileide Almeida Marques, para colocar o contêiner ali, com um guincho, algumas telhas foram quebradas. “Não consertaram o que danificaram, nem cuidaram da manutenção das outras telhas”, conta. “Enquanto uma criança não morrer aqui, ninguém vai tomar providência”, reclamou a moradora Paula Cristina Vitalino. A assessoria das UPPs disse que hoje a situação será analisada