Por bferreira
Mãe ficou aliviada ao encontrar bebê%3A 'Foram dias difíceis'Diego Valdevino / Agência O Dia

Rio - Policiais da 35ª DP (Campo Grande) investigam a participação da família de Leandra Aleluia Leal, de 36 anos, e da filha dela, de 16, no sequestro do bebê Kaizo, de 17 dias, levado dos braços da mãe na tarde de terça-feira, no Calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. As duas são acusadas do roubo da criança e estão foragidas. De acordo com o titular da delegacia, delegado Hilton Alonso, a conduta do segundo-sargento Marco Aurélio, lotado no 27º BPM (Santa Cruz), está sendo investigada. Ele disse ter encontrado a criança com uma mulher no Largo do Aarão.

"Estávamos fazendo uma diligência na casa da mãe da Leandra quando o PM chegou dizendo que sabia onde o bebê estava. Foi a três quarteirões do local e trouxe o recém-nascido. Se sabia onde a criança estava porque não comunicou o fato? A mulher dele é prima da autora do sequestro (Leandra). Toda a família está sendo investigada", revelou Hilton Alonso, que assumiu a titularidade da delegacia há uma semana.

O marido de Leandra foi ouvido na noite desta quarta-feira na delegacia. Segundo ele, a mulher estava grávida. A suspeita é que ela tenha perdido o bebê e tomou a criança da jovem para se passar por filho dela. No depoimento, o marido conta que achou estranho que a mulher deixou o hospital horas depois do parto.

A criança estava na casa da sobrinha do esposo da Leandra, Alexandra de Oliveira Moreno, 18 anos. A sobrinha alegou que a sequestradora pediu para deixar o bebê na casa para comprar leite. "Acredito que ela deixou a criança para se passar por filho dela", declarou Alexandra. Mãe e filha vão responder por sequestro. O pedido de prisão de Leandra e a apreensão da menor já foram pedidos pela polícia.

Na versão do segundo-sargento Marco Aurélio, o bebê foi encontrado no Largo do Aarão. "Ouvi muitos boatos no bairro que a criança estava em um lugar com uma mulher, quando desconfiei de um local onde estava uma mulher com um bebê no colo. Tenho um filho de 11 anos, não há preço que pague entregar uma criança para uma mãe", declarou ao DIA. A versão é contestada pela polícia.

Na chegada do bebê à delegacia, o ajudante de pedreiro Rafael dos Reis, 22 anos, passou mal. O pai da criança fez um apelo mais cedo para que a acusada entregasse seu filho. A mãe de Kaizo, de 17 anos, se mostrou aliviada.

"Foram horas difíceis. Graças a Deus estou com meu filho nos braços. Isso me serviu de lição para nunca mais deixá-lo com estranhos. Faço um apelo pra quem é mãe: mesmo que falem que seu filho é bonito, não deixe na mão de ninguém, não faça o que eu fiz. Só sei que estou muito feliz", afirmou.

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