Por thiago.antunes
Rio - A exigência do uso do extintor tipo ABC para carros, que passou a valer no último dia 1º, será adiada por 90 dias, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O não cumprimento da lei, resultaria em multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação. O prazo vale a partir da publicação no ‘Diário Oficial’ da União, mas, de acordo com a assessoria do Denatran, multas aplicadas desde ontem não serão mais consideradas.
A medida foi tomada pelo Ministério das Cidades por causa da falta de extintores em lojas e postos de cidades do país. Muitos motoristas afirmaram que não encontram o produto à venda. No Rio, a situação não é diferente. Em duas ruas tradicionais em vendas de peças de automóveis e extintores de São Cristóvão, o produto está escasso. Em seis lojas da Rua Souza Valente e em 15 das mais de 50 da Rua Escobar visitadas pela equipe do DIA, os novos extintores ainda não foram entregues pelos distribuidores.
O taxista Reinaldo Luzes%2C com o modelo vencido%2C não conseguiu comprar um novo%3A alívio com adiamentoCarlo Wrede / Agência O Dia

“Em dezembro vendemos 110 extintores, pois muitos sabiam da nova determinação e se adequaram comprando o tipo ABC. Agora, está difícil até comprar o produto para revender. Todos desta rua estão sem os equipamentos. Nem sei quanto vai custar os novos extintores”, afirmou Thiago Ribeiro, funcionário de uma loja de autopeças da Rua Escobar. Muitos lojistas já buscaram o produto até em revendedores de São Paulo, mas sem sucesso.

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Taxista há 19 anos, Neurivar Mendes, de 41 anos, já percorreu bairros como Penha, Pavuna, Centro e cidades da Baixada Fluminense em busca do item, que em vários locais, mesmo com as prateleiras vazias, devem ser cobrados entre R$ 70 a R$ 90. “Não tenho culpa se o produto está em falta”, alegou. 
Com um veículo ano 2007, o também taxista Reinaldo Luzes, 52, se mostrou aliviado com o adiamento da exigência do uso do acessório. “Já procurei em postos e lojas da Zona Norte e Sul. Agora vou comprar com calma sem pagar caro, pois estavam vendendo até por R$ 200 na internet”, contou.
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